Iraque

Guia de viagem para o Iraque - Travel S Helper

O Iraque, formalmente conhecido como República do Iraque, é uma nação de considerável relevância histórica e atual importância geopolítica, situada na Ásia Ocidental, no coração do Oriente Médio. Com uma população que ultrapassa 46 milhões de habitantes, o Iraque é o 35º país mais populoso do mundo. Esta república parlamentar federal é composta por 18 províncias, cada uma delas enriquecendo a diversidade cultural e civilizacional iraquiana. O Iraque está estrategicamente localizado, fazendo fronteira com a Turquia ao norte, o Irã a leste, o Kuwait e o Golfo Pérsico a sudeste, a Arábia Saudita ao sul, a Jordânia a sudoeste e a Síria a oeste. Bagdá, a capital e maior cidade, é o centro político, econômico e cultural da nação, situada em meio a esse ambiente diversificado.

A população iraquiana se distingue por sua significativa diversidade, indicativa da extensa história do país como um cruzamento de culturas. O Iraque, predominantemente habitado por árabes, também inclui diversos grupos étnicos, como curdos, turcomanos, yazidis, assírios, armênios, mandeístas, persas e shabakis. O ambiente linguístico do país reflete sua variedade étnica. Árabe e curdo são designados como línguas oficiais; no entanto, a diversidade linguística é mais ampla, abrangendo turco, siríaco (suret) e armênio, todos oficialmente reconhecidos em algumas localidades. Esse cenário multilíngue destaca a posição do Iraque como um nexo de culturas e costumes.

A sociedade iraquiana é caracterizada pela diversidade religiosa. Embora o islamismo seja a principal religião praticada pela maioria dos iraquianos, o país também abriga populações substanciais de cristãos, yazidis, zoroastrianos, mandeístas e adeptos do yarsanismo. Uma comunidade judaica modesta, porém historicamente significativa, tem sido parte integrante da trama religiosa do Iraque. A diversidade religiosa influenciou o caráter cultural do Iraque, aprimorando seu rico legado e sua complexa dinâmica social.

A variedade geográfica do Iraque é tão notável quanto sua singularidade cultural. A topografia do país varia das áreas montanhosas do norte às extensas regiões desérticas do oeste e sudoeste. Os rios Tigre e Eufrates são essenciais para a geografia e a história do Iraque, atravessando o país e formando as vastas planícies aluviais da Mesopotâmia. Esta região, comumente conhecida como o "Berço da Civilização", teve um papel significativo na história da humanidade, fomentando o surgimento de algumas das cidades e civilizações mais antigas.

A história do Iraque está intrinsecamente ligada à narrativa da civilização humana. Por volta do VI milênio a.C., a rica região entre os rios Tigre e Eufrates emergiu como o berço de avanços significativos e progresso cultural. As antigas civilizações da Suméria, Acádia e Assíria prosperaram aqui, influenciando significativamente o avanço humano. Essas civilizações primitivas contribuíram para algumas das conquistas mais notáveis ​​da humanidade, como a invenção da escrita, o progresso da matemática, o desenvolvimento de técnicas de cronometragem, a criação de calendários, o início da astrologia e o estabelecimento de sistemas jurídicos codificados.

A contribuição da Mesopotâmia para o conhecimento e a civilização humana é imensa. A região testemunhou o surgimento de centros urbanos complexos, hierarquias sociais elaboradas e métodos agrícolas inovadores. Os sumérios são particularmente reconhecidos por diversas invenções que estabeleceram as bases para a civilização contemporânea. Sua escrita cuneiforme, um dos sistemas de escrita mais antigos, transformou a comunicação e a manutenção de registros. A criação do sistema sexagesimal na matemática, que persiste na cronometragem contemporânea, foi mais uma inovação dos mesopotâmicos. O Código de Hamurabi, um dos mais antigos códigos jurídicos, surgiu nessa região, estabelecendo um padrão para instituições governamentais e judiciais estruturadas.

O período islâmico foi uma fase crucial na história do Iraque. Após a conquista muçulmana da Mesopotâmia no século VII d.C., Bagdá ascendeu como um centro de autoridade e erudição. Durante o Califado Abássida, Bagdá emergiu como capital política e epicentro intelectual e cultural do mundo islâmico. Durante o período áureo da cidade, alinhado com o período áureo islâmico mais amplo, Bagdá evoluiu para um centro global de conhecimento e invenção. A fundação da Casa da Sabedoria, uma ilustre biblioteca e centro de tradução, sintetizou a dedicação de Bagdá à erudição e ao discurso intelectual. Acadêmicos de todas as origens e religiões se reuniam em Bagdá para preservar, traduzir e aprimorar o conhecimento em diversas áreas.

No entanto, o esplendor de Bagdá e da região circundante sofreu um declínio catastrófico em 1258 devido à invasão mongol. O cerco mongol a Bagdá causou extensa devastação, culminando na queda do Califado Abássida e iniciando uma fase de declínio. O saque de Bagdá teve amplas repercussões, afetando não apenas a cidade, mas também o meio intelectual e cultural de toda a região. Nos séculos seguintes, o Iraque foi governado por muitos impérios, notavelmente passando por um longo período de domínio otomano. O período otomano resultou na divisão do Iraque em três províncias principais ou vilaietes: Mosul, Bagdá e Basra, uma divisão que impactaria a estrutura administrativa subsequente da nação.

O Estado iraquiano contemporâneo começou a se formar no início do século XX. Em 1920, após a desintegração do Império Otomano após a Primeira Guerra Mundial, o Iraque foi colocado sob controle britânico. Essa era testemunhou a formação de uma monarquia sob o Rei Faisal I, apoiada pela assistência britânica. O Iraque alcançou a independência em 1932, marcando o início de sua existência como um Estado soberano. Este novo capítulo na história do Iraque foi caracterizado por instabilidade política e conflitos de poder.

A monarquia foi abruptamente encerrada em 1958, quando o general Abd al-Karim Qasim executou um golpe militar, destituindo a família real e instituindo uma república. O reinado de Qasim foi breve, visto que foi deposto em 1963. Nos anos seguintes, o Iraque foi governado pelos irmãos Arif, Abdul Salam e Abdul Rahman, até que uma transição crucial ocorreu em 1968, quando o Partido Ba'ath orquestrou um golpe para assumir o controle.

O período Baathista, especialmente sob a liderança de Saddam Hussein, que começou em 1979, foi caracterizado por governança autoritária e guerras regionais. O Iraque participou de dois conflitos significativos durante esse período: a Guerra Irã-Iraque (1980-1988) e a Guerra do Golfo (1990-1991). Essas guerras, juntamente com as sanções internacionais, afetaram significativamente a economia, a sociedade e o status global do Iraque.

Em 2003, ocorreu uma reviravolta significativa na história do Iraque com a invasão liderada pelos EUA, que derrubou a ditadura de Saddam Hussein. Os anos seguintes foram marcados por conflitos persistentes, incluindo insurgência e derramamento de sangue sectário. A retirada das forças americanas em 2011 não resolveu as dificuldades do Iraque. A insatisfação com o governo de Nouri al-Maliki resultou em extensos protestos e turbulência política.

Em 2014, o Iraque enfrentou um novo desafio com o surgimento do Estado Islâmico (ISIS), que conquistou áreas substanciais do território iraquiano. A luta contra o ISIS envolveu soldados iraquianos, assistência de coalizões estrangeiras e milícias apoiadas pelo Irã. Ao final de 2017, o ISIS havia sido praticamente derrotado no Iraque; no entanto, a luta infligiu danos profundos à estrutura social e à infraestrutura do país.

Atualmente, o Iraque encontra-se em um momento crucial, buscando reconstruir-se e estabilizar-se após prolongados combates, enquanto enfrenta dinâmicas regionais complexas e obstáculos internos. As substanciais reservas de petróleo do país, entre as maiores do mundo, oferecem oportunidades de expansão econômica, mas também levantam questões relacionadas à gestão de recursos e à diversificação econômica. A agricultura é uma indústria crucial, incorporando o legado histórico do Iraque como a origem da civilização agrícola.

O Iraque precisa alavancar seu considerável potencial enquanto confronta os resquícios de sua história recente. O patrimônio arqueológico do país, com sítios como Babilônia, Nínive e Ur, apresenta perspectivas para o turismo cultural. Monumentos religiosos em cidades como Karbala e Najaf continuam atraindo peregrinos, impulsionando a economia. O estabelecimento de um setor turístico resiliente, semelhante a muitas facetas da economia iraquiana, depende da capacidade do país de sustentar a estabilidade e aprimorar a infraestrutura.

O Iraque está se consolidando como uma potência média emergente no cenário mundial, utilizando sua localização estratégica e seus recursos naturais. O país é membro fundador de diversas organizações internacionais importantes, incluindo as Nações Unidas, a OPEP, a Liga Árabe e a Organização para a Cooperação Islâmica. O Iraque, em sua reconstrução e desenvolvimento contínuos, busca assumir uma posição mais proativa em questões regionais e globais, ao mesmo tempo em que equilibra seus laços com nações vizinhas e potências globais.

Dinar iraquiano (IQD)

Moeda

3 de outubro de 1932 (Independência do Reino Unido)

Fundada

+964

Código de chamada

46,523,657

População

438.317 km² (169.235 milhas quadradas)

Área

Árabe, curdo

Língua oficial

Mais baixo: 0 m (0 pés) no Golfo Pérsico / Mais alto: 3.611 m (11.847 pés) em Cheekha Dar

Elevação

Horário Padrão da Arábia Saudita (AST) (UTC+3)

Fuso horário

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