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Madagascar, formalmente a República de Madagascar, ocupa um lugar singular entre as nações do globo. Como a quarta maior ilha do mundo e a segunda maior nação insular, ela se estende por cerca de 592.800 quilômetros quadrados da costa sudeste da África. Sua capital, Antananarivo, ergue-se em meio ao planalto central, um nexo de terraços de arroz e florestas subúmidas. Além de sua escala, a importância de Madagascar deriva dos mais de 90 milhões de anos de isolamento que se seguiram à sua separação gradual, primeiro da África — há cerca de 180 milhões de anos — e, posteriormente, do subcontinente indiano, há cerca de 90 milhões de anos. Esse isolamento prolongado fomentou caminhos evolutivos únicos na Terra, rendendo à ilha a designação de hotspot de biodiversidade e uma das dezessete nações "megadiversas", com mais de noventa por cento de sua flora e fauna não encontradas em nenhum outro lugar.
Uma escarpa estreita e íngreme estende-se por grande parte da costa leste, abrigando florestas tropicais de terras baixas sob as constantes névoas do Oceano Índico. A oeste, um planalto central eleva-se entre 750 e 1.500 metros, com suas colinas gramadas perfuradas por vales em socalcos onde o povo Merina, o grupo étnico mais numeroso de Madagascar, aperfeiçoou o cultivo de arroz. Além disso, o terreno inclina-se gradualmente em direção ao Canal de Moçambique, produzindo florestas decíduas secas, matagais espinhosos do sudoeste e manguezais costeiros. Essas variadas ecorregiões abrigam sete habitats terrestres reconhecidos — de florestas úmidas de terras baixas a matagais ericoides — nos quais mais de oitenta por cento das 14.883 espécies de plantas da ilha são endêmicas. Entre elas, os baobás permanecem sentinelas ao longo das margens dos rios; orquídeas, palmeiras e as bizarras Didiereaceae espalham-se pela ilha; e o cavernoso Pachypodium floresce em paisagens áridas. Plantas medicinais como a pervinca produziram agentes quimioterápicos — incluindo vinblastina e vincristina — demonstrando a contribuição de Madagascar para a saúde global.
A história humana começou em meados do primeiro milênio d.C., quando marinheiros austronésios — vindos da atual Indonésia em canoas com estabilizadores — se estabeleceram na ilha. Migrantes bantus os seguiram no século IX, cruzando o Canal de Moçambique para se juntar aos habitantes anteriores e formar um mosaico complexo de dezoito ou mais grupos culturais unidos pela língua malgaxe. Ao longo dos séculos, alianças instáveis produziram uma colcha de retalhos de regimes políticos até que, no início do século XIX, os monarcas Merina consolidaram grande parte da ilha sob o Reino de Madagascar. A anexação francesa em 1897 pôs fim à monarquia; a independência chegou em 1960. Quatro repúblicas constitucionais se seguiram, com a governança democrática restaurada em 2014, após uma prolongada transição política iniciada com um golpe em 2009.
Atualmente, Madagascar é membro das Nações Unidas, da União Africana, da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral e da Francofonia. Malgaxe e francês compartilham status oficial. O cristianismo predomina — especialmente as denominações protestantes e católicas — embora crenças ancestrais persistam. Apesar do crescimento econômico constante desde a década de 2000, o país permanece classificado como "menos desenvolvido". Agricultura, ecoturismo e indústrias incipientes compõem sua estratégia de desenvolvimento, mas, em janeiro de 2025, mais de 1,3 milhão de pessoas enfrentavam grave insegurança alimentar e mais de noventa por cento subsistiam com menos de US$ 3,10 por dia. A pobreza multidimensional afeta mais de dois terços da população, e a desigualdade de renda aumentou mesmo com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
A infraestrutura reflete ambição e desafio. Rodovias nacionais — rodovias pavimentadas que conectam Antananarivo a grandes portos como Toamasina ou Mahajanga — coexistem com trilhas de terra que são arrastadas pela água na estação chuvosa. Linhas ferroviárias ligam a capital às cidades costeiras, enquanto pequenos aeroportos regionais fornecem acesso vital durante enchentes. Uma rodovia com pedágio em construção entre Antananarivo e Toamasina, financiada por instituições europeias, busca fortalecer as rotas comerciais. No entanto, apenas uma fração das comunidades dispõe de água encanada ou eletricidade da concessionária estatal, e os moradores rurais frequentemente permanecem isolados dos serviços básicos.
A continuidade cultural advém de uma língua compartilhada — enraizada nas origens malaio-polinésias — e de valores como fihavanana (solidariedade) e hasina (autoridade sagrada). Instrumentos musicais como a valiha de bambu têm origem no Sudeste Asiático, enquanto a vestimenta de lamba simboliza tanto a arte quanto a identidade. O cotidiano gira em torno do arroz, acompanhado de pratos laoka temperados com gengibre, alho ou leite de coco, e pontuados por comidas de rua e frutas tropicais. A cerveja Three Horses, produzida localmente, conquistou um status quase icônico.
Ciclones, um perigo recorrente, testam a resiliência. Em 2004, o ciclone Gafilo causou danos e perdas de vidas sem precedentes; tempestades subsequentes, incluindo Batsirai e Ana no início de 2022, ressaltaram a vulnerabilidade da ilha. Ameaças ambientais — do desmatamento às mudanças climáticas — agravam esses perigos, gerando apelos por esforços de conservação mais amplos.
O fascínio de Madagascar não reside apenas em sua notável herança natural, mas na complexa interação entre geografia, história e engenhosidade humana que molda seu presente. O isolamento forjou seus ecossistemas únicos; ondas de colonos moldaram culturas diversas; os desafios modernos impulsionam a inovação e a reforma. A República de Madagascar permanece, acima de tudo, um testemunho de resistência e adaptação à beira de dois oceanos.
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