Manama

Guia de viagem de Manama - Guia de viagem do Bahrein - Guia de viagem por Travel S - Helper

Manama, a movimentada capital do Bahrein, situa-se na ponta norte do arquipélago, onde histórias antigas se encontram com um horizonte moderno. Das águas azul-turquesa do Golfo Pérsico, a cidade apresenta um panorama de contrastes – estreitas vielas de souq confinam com torres de vidro reluzentes e hotéis cinco estrelas. Em Manama, encontram-se camadas de tempo empilhadas lado a lado: arranha-céus em forma de vela do Bahrein World Trade Center erguem-se agora por trás das ruínas restauradas de uma antiga cidade portuária. Cada elemento da paisagem urbana de Manama conta uma história – de prosperidade com pérolas e petróleo, de ocupação estrangeira e engenhosidade local. É essa rica tapeçaria urbana que revela o coração da capital do Bahrein.

Da Antiga Dilmun ao Governo de Al Khalifa

Séculos antes de o Bahrein ter arranha-céus, a terra de Manama fazia parte da civilização Dilmun – um centro comercial da Idade do Bronze reverenciado em registros da Mesopotâmia e do Indo. Na época de Dilmun (por volta de 2000–1500 a.C.), a ilha era um movimentado entreposto de cobre de Omã e madeira da Arábia. A arqueologia em Manama e arredores – desde os túmulos em Barbar (um antigo templo em degraus) até as ruínas de Qal'at al-Bahrain – mostra que o Bahrein desfrutou de uma prosperidade notável, exportando pérolas e tâmaras através do Golfo. Os visitantes de hoje ainda podem sentir o legado ancestral do Bahrein. Não muito longe de Manama, o templo em degraus de Barbar (restaurado na década de 1990) sugere uma sofisticada religião da Idade do Bronze de adoração às palmeiras – muito diferente das silhuetas modernas da cidade, mas a apenas uma curta distância de carro. Descobertas arqueológicas em exposição no Museu Nacional demonstram a plena integração do Bahrein às redes comerciais regionais: selos de Dilmun lindamente esculpidos foram descobertos em lugares tão distantes quanto a Mesopotâmia e o Vale do Indo, evidência de que a economia inicial do Bahrein fazia parte de um vibrante comércio internacional. Hoje, esses laços antigos são celebrados na narrativa cultural do Bahrein: o porto moderno de Manama é visto como herdeiro de um entreposto da Idade do Bronze que outrora acolhia comerciantes de lugares tão distantes quanto a Mesopotâmia e a Índia. Os gregos mais tarde conheceram o Bahrein como "Tylos" ou "Arados", refletindo o contato com o mundo helenístico. No século VII d.C., com o surgimento do islamismo, um enviado do profeta Maomé introduziu o Bahrein à nova fé, trazendo os habitantes de Manama para o reino árabe-muçulmano. Sob os califados omíada e abássida, as primeiras mesquitas foram construídas aqui.

Por muitos séculos medievais, o Bahrein foi governado do exterior. Era periodicamente controlado pelo estado xiita carmata de al-Ahsa (séculos IX a XI) e por impérios persas como os safávidas. Em 1521, o Império Português tomou o Bahrein para sua rede comercial de Ormuzi, fortificando Qal'at al-Bahrain (o "Forte do Bahrein") perto dos atuais subúrbios de Manama. Os portugueses mantiveram a ilha até 1602, quando as forças persas safávidas os expulsaram. Os persas governaram o Bahrein até 1783, e durante esse período muitos moradores locais se tornaram xiitas, embora uma minoria sunita tenha permanecido. Em 1783, uma força do clã Al-Khalifa, apoiada por Omã, capturou o Bahrein e expulsou os persas. A família Al-Khalifa, originária do Catar, fez do Bahrein sua base permanente e se instalou como seus governantes. Sua capital escolhida foi Muharraq, uma cidade insular fortificada a leste de Manama. Manama permaneceu como o porto comercial da ilha. Nas décadas seguintes, Manama foi conhecida como uma cidade mercantil cosmopolita sob o domínio dos xeques Al Khalifa, mesmo com a corte real permanecendo em Muharraq.

Influências coloniais: portuguesa, persa, saudita, omanense e britânica

Mesmo após o estabelecimento do domínio de Al Khalifa, a história de Manama permaneceu entrelaçada com a de seus vizinhos. Na virada do século XIX, toda a região do Golfo foi abalada pela expansão do Emirado Wahhabi de Diriyah (futuro estado saudita). Em 1802-1803, forças alinhadas aos governantes wahhabi de Najd assumiram brevemente o controle do Bahrein, impondo tributos a Al Khalifa. Naquele mesmo ano, porém, o sultão de Omã interveio: Said bin Sultan, um aliado de Al Khalifa, enviou tropas que expulsaram a presença saudita e até mesmo instalou seu filho Salim como governador do Forte de Arad, em Manama. Este breve episódio omanense solidificou a conexão de Al Khalifa com Mascate.

No século XIX, relatos de visitantes britânicos e europeus descrevem Manama de forma muito semelhante à que vemos em fotografias históricas. Um explorador observou que a cidade "estava meio adormecida na praia", com casas baixas, de paredes de barro, e um labirinto de vielas estreitas. O viajante alemão Hermann Burchardt fotografou Manama em 1903, capturando suas inúmeras casas de madeira com torres eólicas e mercados abertos – imagens que mostram uma cidade praticamente inalterada desde os primeiros tempos islâmicos.

Em meados do século XIX, a Grã-Bretanha era a nova potência dominante no Golfo. Manama tornou-se um protetorado britânico em tudo, exceto no nome. Tratados assinados em 1820 e 1861 vincularam o Bahrein aos acordos britânicos de antipirataria e segurança marítima, garantindo ao mesmo tempo o domínio de Al Khalifa. A Marinha Real via o Bahrein como um porto seguro. Agentes e conselheiros políticos britânicos chegaram a Manama: financiaram a primeira escola moderna e clínicas médicas, introduziram um serviço postal e linhas telegráficas e até pressionaram o xeque a proibir a escravidão (formalmente encerrada em 1927). Apesar dessa influência, o centro histórico de Manama permaneceu em grande parte tradicional. No início do século XX, um visitante podia caminhar por suas vielas lamacentas e pátios com tamareiras e ver apenas um punhado de edifícios de pedra – muito parecidos com a cidade das fotografias de Burchardt.

Enquanto isso, à medida que as perspectivas petrolíferas do Bahrein surgiam, as rodas da modernização giravam lentamente. O Rei Isa bin Ali Al Khalifa governou a partir de Muharraq, mas em 1923 decretou que a sede do governo seria transferida para Manama. O porto profundo e a crescente população fizeram de Manama a escolha prática. Na década de 1930, a capital estava sendo pavimentada e iluminada, e companhias petrolíferas internacionais começaram a operar fora da cidade. Após a independência formal da Grã-Bretanha em 1971, o Xeque Isa bin Salman Al Khalifa continuou a desenvolver Manama como a capital nacional do soberano Bahrein. Assim, em meados do século XX, Manama havia transitado de um tradicional porto de comércio de pérolas sob suserania estrangeira para o moderno centro político e econômico de um país independente.

A nova identidade de Manama: petróleo, finanças e diversificação

Nas décadas de 1920 e 1930, sob a orientação britânica, o Bahrein começou discretamente a se modernizar. Educação formal, uma imprensa limitada e até mesmo uma curta ferrovia (para trens de petróleo) foram introduzidos ao redor de Manama. No entanto, às vésperas do boom do petróleo, Manama ainda se assemelhava a uma antiga cidade do Golfo: apenas algumas ruas de pedra eram pavimentadas, camelos compartilhavam a rua com um ou outro automóvel, e o antigo mercado semanal de camelos em seus arredores lembrava aos visitantes as raízes beduínas. Tudo isso mudou quando um grande poço de petróleo jorrou em 1932 – a primeira descoberta desse tipo na Península Arábica. A descoberta de petróleo em 1932 mudou Manama para sempre. Da noite para o dia, a cidade se expandiu. Oleodutos e tanques de armazenamento de petróleo bruto foram construídos perto do porto; engenheiros que chegavam criaram um novo subúrbio de bangalôs em estilo europeu. A riqueza do petróleo pagou escolas, hospitais e até mesmo o primeiro aeroporto do Bahrein, na vizinha Muharraq.

Após a Segunda Guerra Mundial, o centro de Manama assumiu um caráter de meados do século XX. Avenidas ladeadas por palmeiras foram construídas, e a rotatória Bab al-Bahrain (uma simples torre de relógio na rua principal) foi construída na década de 1950. Casas de concreto e coral surgiram em bairros como Hoora e Seef, abrigando famílias do Bahrein e uma grande força de trabalho do sul da Ásia. Em 1970, Manama ostentava seus primeiros hotéis de luxo (como o Gulf Hotel e o Diplomat), cafés luxuosos e lojas de estilo ocidental. Em 1986, o Bahrein concluiu a King Fahd Causeway para a Arábia Saudita – uma ponte rodoviária de 25 km que começa ao norte de Manama. Essa ligação direta com o maior mercado do mundo trouxe uma nova onda de visitantes e comércio para a capital. O horizonte da orla de Manama começou a se encher de arranha-céus modernos, ancorados pelas torres gêmeas em forma de vela do Bahrein World Trade Center com suas turbinas eólicas.

Com a flutuação dos preços do petróleo, os governantes do Bahrein lideraram a diversificação econômica centrada em Manama. A partir da década de 1990, o Bahrein flexibilizou as regulamentações financeiras e construiu uma bolsa de valores. Bancos e seguradoras internacionais afluíram aos reluzentes distritos comerciais da cidade. O complexo Bahrain Financial Harbour (concluído em 2008), com mais dois arranha-céus à beira-mar, exemplificou essa nova era. Manama logo ganhou a reputação de polo financeiro regional, sendo às vezes chamada de "Dubai dos anos 1990" por seus moradores. Hoje, muitos dos principais bancos islâmicos, resseguradoras e corporações multinacionais têm escritórios no centro de Manama. No entanto, essa prosperidade recente se sobrepõe a tradições mais antigas. O horizonte de Manama – da histórica Torre do Relógio de 1954 às ultramodernas torres de vidro da atualidade – personifica a jornada de uma economia baseada em pérolas para uma era do petróleo e, finalmente, para uma cidade financeira globalizada.

Edifícios Sagrados: Mesquitas e Igrejas

A herança de Manama se reflete em seus locais de culto, que variam de mesquitas centenárias a catedrais modernas. Dominando o nível da rua, encontra-se a Mesquita Al Khamis, na Rodovia Shaikh Salman – frequentemente citada como a mesquita mais antiga registrada no Bahrein. Seus dois elegantes minaretes de pedra e seus salões altos e de paredes simples são marcos inconfundíveis. A tradição afirma que um simples salão de orações foi erguido aqui por volta de 692 d.C.; suas paredes grossas e seu teto com vigas de madeira foram ampliados por gerações sucessivas (notavelmente nos séculos XIV e XV). Os visitantes podem ver o interior de dois salões de orações adjacentes e a laje original de mihrab (nicho) esculpida. As torres gêmeas da mesquita, uma delas possivelmente uma adição posterior, agora se erguem acima das tamareiras ao redor como sentinelas silenciosas de uma era pré-petróleo.

Em contraste, a Grande Mesquita de Al Fateh (a uma curta distância de carro ao norte do centro de Manama) foi construída em 1988 como uma das maiores mesquitas do Golfo. Sua reluzente cúpula de mármore e seu vasto salão de orações – acarpetado com capacidade para mais de 7.000 fiéis – demonstram ambições modernas. Embora ligeiramente afastada da cidade antiga, merece destaque: seus vitrais persas e caligrafia em mosaico atraem muitos visitantes durante os passeios pelo Bahrein. Notavelmente, Al Fateh é aberta a não muçulmanos; guias turísticos frequentemente conduzem visitantes estrangeiros por seu grandioso interior como uma introdução à tradição islâmica.

Manama também possui herança cristã ligada às suas comunidades de expatriados. A Catedral Anglicana de São Cristóvão (concluída em 1953 no subúrbio de Janabiya) é uma das igrejas mais antigas do Golfo. Suas paredes de pedra coral e seu imponente campanário combinam a forma colonial simples com detalhes do Oriente Médio. O interior da igreja é iluminado por um vitral em estilo persa acima do altar – um presente do residente político britânico no Irã durante a construção. Decorado com painéis de madeira e mosaicos, o salão ainda serve uma congregação oriunda da comunidade internacional do Bahrein. Em 2006, São Cristóvão foi elevada à categoria de catedral pela Diocese Anglicana de Chipre e do Golfo. Não muito longe dali (em Adliya) fica a antiga Igreja do Sagrado Coração (católica), construída na década de 1930 para trabalhadores de empresas petrolíferas; ela abriga a primeira escola secundária católica do Golfo.

Outras religiões também marcam a cidade. No centro de Manama fica o Shree Sanatan Mandir, o templo hindu do Bahrein (construído em 1817 por comerciantes sindis). No Diwali, suas lâmpadas e flores brilhantes atraem devotos de todo o Golfo. (Nas proximidades, fica um pequeno cemitério judeu, o último vestígio de uma outrora próspera comunidade judaica, hoje desaparecida.) Esses locais multirreligiosos – mesquita, igreja, templo – destacam o longo papel da cidade como um cruzamento comercial onde comunidades do Irã, Índia, Europa e outros lugares encontraram um lar.

Fortes Históricos e o Legado Português

A posição estratégica do Bahrein inspirou muitas camadas de fortificação. O Forte de Arad (na Ilha de Muharraq, a poucos quilômetros a leste de Manama) é um dos castelos mais fotogênicos do reino. Suas quatro torres de canto arredondadas e o fosso que o circunda são típicos dos fortes do Golfo. O Forte de Arad outrora guardava os estreitos entre Muharraq e Manama; em seu pátio, guerreiros do século XV se reuniam para defender a ilha. Restaurado na década de 1980 com materiais tradicionais (pedra de coral e vigas de palmeira), hoje abriga um pequeno museu. Os visitantes percorrem suas muralhas de pedra ou ficam atrás das seteiras para imaginar antigas batalhas navais na Baía do Bahrein.

Mais adiante, encontram-se as ruínas de Qal'at al-Bahrain (Forte do Bahrein). Embora esteja a cerca de 6 km a oeste de Manama, é frequentemente incluído entre as atrações da capital devido à sua importância. Este grande monte de terra foi a antiga capital de Dilmun e, mais tarde, abrigou um forte português. A ocupação portuguesa (1521-1602) deixou uma torre baixa no topo da colina; vestígios de suas fundações foram descobertos por arqueólogos da UNESCO. Hoje, os visitantes escalam as ruínas em terraços para explorar muros de pedra e bastiões construídos ao longo de milênios. Um museu no local exibe cerâmica, moedas e outros achados da escavação. Do cume, uma bandeira agora tremula sobre os restos circulares da torre do antigo forte, e a vista se estende pela costa recuperada até o horizonte de Manama. Tanto o Forte de Arad quanto Qal'at al-Bahrain são frequentemente acessados ​​por meio de uma viagem de um dia saindo de Manama, oferecendo uma ligação tangível com os capítulos português e omanense do passado do Bahrein.
Dentro de Manama, há um portão simbólico mais recente. Bab al-Bahrain ("Portal do Bahrein") foi construído em 1949 nos limites da cidade antiga. O arco branco, encimado pelo emblema real do Bahrein, ficava originalmente na entrada à beira-mar do bairro dos bazares. Hoje, Bab al-Bahrain marca o portal oeste do souq para pedestres. Ao anoitecer, é artisticamente iluminado com as cores nacionais vermelho e branco. Moradores e visitantes param aos seus pés antes de se aventurarem pelo labirinto de vielas de mercado atrás. Embora não seja uma fortaleza antiga, Bab al-Bahrain (às vezes chamado simplesmente de Portão do Bahrein) evoca a ideia de uma entrada guardada da cidade – um eco moderno dos fortes mais antigos que outrora vigiavam Manama.

Museus e o Beit Al Qur'an

As instituições culturais de Manama preservam o patrimônio do reino em profundidade. O Museu Nacional do Bahrein (inaugurado em 1990) é o maior e mais proeminente. Projetado no estilo dos palácios regionais, sua fachada de concreto ocre e telhados em forma de pétalas combinam tradição e modernidade. No interior, as exposições do museu percorrem toda a história do Bahrein: selos reais da Idade do Bronze e estátuas de Dilmun; objetos de vidro fenícios; e até mesmo a estrutura de madeira de uma piscina batismal de igreja de 1500 anos. Um destaque é um dhow em tamanho real para pesca de pérolas e um diorama em tamanho real de um mercado de pérolas, relembrando a antiga economia perlífera do Bahrein. O museu também exibe tesouros da era pré-islâmica, incluindo tábuas cuneiformes de um templo sumério – evidências das amplas conexões de Dilmun.
Logo atrás do edifício, encontra-se um parque de esculturas ao ar livre, situado entre tamareiras e fontes. Aqui, mais de vinte obras de arte contemporâneas se estendem ao longo de um calçadão sombreado. As peças, feitas de mármore branco, bronze ou fibra de vidro, são lúdicas e simbólicas. Uma escultura de mármore assemelha-se a uma asa flutuante segurando uma pérola gigante – os moradores locais a chamam de "Vitória Alada do Golfo", uma homenagem à herança perolífera do Bahrein. Outra, uma forma espiralada de basalto apelidada de "A Píton", faz alusão a uma antiga lenda local sobre um herói matando uma serpente marinha. Bancos espalhados e lagos com nenúfares oferecem às famílias um lugar para descansar em meio à arte. Esta galeria ao ar livre é um cenário fotográfico popular – suas formas abstratas e vibrantes aparecem frequentemente em postagens de turistas nas redes sociais ao pôr do sol.

A uma curta viagem de táxi, no antigo bairro de Hoora, fica Beit Al Qur'an ("Casa do Alcorão"). Fundado em 1990, este complexo museológico dedicado é inteiramente dedicado a manuscritos e arte islâmicos. Foi construído para abrigar a coleção particular do Dr. Abdul Latif Kanoo, um filantropo do Bahrein que reuniu Alcorões de todo o mundo muçulmano. O edifício, revestido interna e externamente com motivos geométricos islâmicos, contém várias salas de galeria. Aqui se encontra uma das coleções mais completas do mundo de textos corânicos. Em exposição estão pergaminhos frágeis do século VII, cópias elaboradamente iluminadas do Egito mameluco, Alcorões otomanos com capas de couro dourado e exemplos de caligrafia medieval. Os visitantes param diante de vitrines do chão ao teto com delicadas páginas manuscritas, lendo as descrições à luz suave de lâmpadas.

Além dos Alcorões, o Beit Al Qur'an exibe arte e caligrafia islâmicas e inclui um auditório para palestras e recitações. O ambiente interno é silencioso e reverente: pisos de pedra polida, arcos curvos e iluminação especial criam um espaço de estudo tranquilo. Adjacente ao museu, há uma biblioteca de pesquisa e salas de aula onde os acadêmicos ainda aprendem a escrita árabe da maneira tradicional. Para uma cidade moderna, a inclusão do Beit Al Qur'an em Manama ressalta o esforço do Bahrein em preservar sua profunda herança islâmica. Ao visitar suas exposições, o visitante pode apreciar a arte e a fé precisas que conectam o passado de Manama ao mundo islâmico em geral.

Os Souqs e Mercados de Manama

Nenhuma visita a Manama está completa sem explorar seus souqs tradicionais, os mercados movimentados onde a vida local acontece diariamente. O histórico Souq de Bab al-Bahrain começa no imponente arco de calcário ao lado da antiga agência dos correios. Ao entrar nos longos corredores cobertos, adentra-se um labirinto de vendedores e barracas. À frente, lojistas em thobes brancos e sarongues coloridos vendem açafrão, incenso, água de rosas e especiarias em sacos. Os comerciantes sentam-se em bancos baixos enquanto a luz filtra-se pelas claraboias de vidro colorido acima. O aroma de cardamomo e olíbano mistura-se com o chá preto preparado. Pisos de mármore e azulejo desgastados brilham sob os pés. Roupas, perfumes e talheres disputam espaço em prateleiras de madeira. Em meio a essa tapeçaria sensorial, vendedores simpáticos trançam tranças de tâmaras importadas até as axilas, e avós trocam dicas sobre a culinária local sobre nichos de parede com limões secos.

Uma seção do souq é inteiramente dedicada ao ouro. Aqui, o Souq do Ouro faz jus ao seu nome: dezenas de lojinhas se alinham em um corredor, cada vitrine repleta de colares, pulseiras e moedas que brilham nas lâmpadas. O ouro do Bahrein é tradicionalmente vendido por peso, com pureza de 21 quilates; pingentes elaboradamente esculpidos frequentemente incorporam as moedas de ouro de 5 ou 10 dinares do rei. Os compradores aqui pechincham em árabe e hindi, barganhando até o último miligrama de ouro. Os joalheiros, em sua maioria de ascendência indiana ou paquistanesa, mantêm uma contabilidade meticulosa em grandes livros-razão. Famílias de todo o Golfo vêm a este souq especificamente para joias de casamento. Se o souk de especiarias é a alma da cidade velha, o Souq do Ouro é uma de suas atrações mais brilhantes.

Passeando por esses souqs, o visitante se sente transportado: o tempo passa mais devagar sob as vigas desbotadas. Os lojistas costumam fazer uma pausa ao meio-dia para a oração, desenrolando um pequeno tapete para se ajoelhar antes de fazer uma venda. Do lado de fora dos becos cobertos, fileiras de barracas abrigam produtos frescos e peixe seco. Nos meses de inverno (novembro a março), as famílias locais se reúnem para um narguilé (narguilé) à noite na beira do souq, tomando chá de menta doce. Nos fins de semana, as estreitas ruas adjacentes se transformam em um bazar para pedestres – caiaques e lanternas são apregoados por comerciantes de rua improvisados, e às sextas-feiras, multidões lotam as praças próximas para música ao vivo e danças folclóricas. Todo o bairro histórico exala aconchego e tradição; crianças circulam pelas mesas, agarrando avidamente os doces halva oferecidos pelos lojistas. Seja comprando especiarias e sedas ou simplesmente passeando, os souqs transmitem uma sensação profundamente humana dos ritmos cotidianos de Manama.

Manama Moderna: Negócios e Além

Manama hoje é uma cidade de contrastes. No distrito financeiro diurno, profissionais elegantemente vestidos apressam-se entre torres de aço e vidro – sedes de bancos, escritórios de advocacia e corporações internacionais. A um quarteirão de distância, em Seef ou Adliya, guindastes de construção erguem ruidosamente o próximo arranha-céu. No entanto, em vielas laterais, famílias sentam-se em pequenas casas de chá ou sob árvores de falaj, jogando dominó e pechinchando sobre a pesca do dia. O pulso é dinâmico. Elevando-se acima de tudo, na orla, encontram-se hotéis de classe mundial como o Four Seasons e o Ritz-Carlton, muitas vezes com praias privativas, mas ao lado deles erguem-se marcos locais como o Bahrein World Trade Center – suas torres gêmeas em forma de vela equipadas com turbinas eólicas – simbolizando a mistura de patrimônio e inovação do Bahrein. De fato, arquitetos locais frequentemente incorporam temas nacionais em novos projetos: por exemplo, perto da Corniche, encontra-se uma escultura pública do “Arco da Vitória” e murais de rua coloridos retratando barcos coletores de pérolas e tamareiras, relembrando todas as tradições de Manama, mesmo com a modernização da paisagem urbana.

A vida de pedestres se concentra em alguns distritos compactos. Adliya (oeste de Manama) emergiu como o bairro das artes e da gastronomia: suas ruas estreitas são repletas de galerias, antiquários e cafés boêmios. É possível encontrar pinturas a óleo de oásis no deserto adornando uma parede de butique, enquanto o terraço de um restaurante de fusão do outro lado da rua oferece pratos do Bahrein com um toque criativo. O antigo bairro de Seef, à beira da baía, deu lugar a novos empreendimentos: shoppings, o complexo Bahrain Financial Harbour (concluído em 2008) e o amplo shopping City Centre (inaugurado em 1998), que à noite recebe famílias sob uma cúpula de LEDs piscantes. Todas as noites, na praça do Seef Mall, a Praça das Fontes ganha vida. Fontes coreografadas dançam em padrões sincronizados com canções, iluminadas por holofotes que mudam de cor – um espetáculo em miniatura onde crianças riem da névoa e casais tiram selfies perto dos jatos d'água. Essas comodidades mostram como Manama incorporou espaços públicos modernos à sua orla.

Em uma escala mais ampla, as ruas do centro da cidade foram transformadas em calçadões e embelezadas. A Government Avenue (Rodovia Shaikh Isa bin Salman) agora é ladeada por palmeiras e fontes d'água recém-plantadas, tornando-se um verdadeiro calçadão cultural. Cada lado dessa ampla avenida abriga uma sequência de locais importantes: o Museu Nacional, o Teatro Nacional, ali perto, e diversas praças ajardinadas. Durante os fins de semana, é possível ver corredores percorrendo essa rota ao amanhecer, mulheres pintadas de hena empurrando carrinhos de bebê ao anoitecer e estudantes internacionais em excursões tirando fotos da Árvore da Vida (uma algaroba solitária no deserto, cuja postura inabalável contra os elementos se tornou um símbolo peculiar da cidade). A própria calçada (que leva à Arábia Saudita) foi projetada com mirantes panorâmicos e praias públicas; áreas de piquenique com churrasqueiras foram adicionadas ao longo da rota, transformando o trajeto em um passeio recreativo.

As noites de Manama são notavelmente animadas para uma capital do Oriente Médio. Embora o Bahrein seja um reino muçulmano, Manama concede licenças para dezenas de restaurantes e bares, muitas vezes dentro de hotéis ou complexos de uso misto. Não é incomum ouvir música ao vivo – jazz, flamenco ou pop árabe – em um lounge à beira-mar. Às quintas-feiras (fim de semana do Golfo), expatriados em Manama e arredores lotam os pubs e casas noturnas, enquanto famílias locais podem aproveitar um shopping ao ar livre ou um parque infantil até tarde da noite. Ao mesmo tempo, os rituais noturnos tradicionais continuam. Durante o Ramadã, por exemplo, bairros inteiros montam tendas de iftar onde qualquer pessoa – local ou visitante – pode quebrar o jejum com refeições comunitárias de tâmaras e biryani sob as estrelas. De terraços de hotéis cinco estrelas a barracas de chá nas esquinas, a vida social da cidade conecta todas as camadas da sociedade.

Na área à beira-mar de Al Seef fica o Dolphinarium de Manama (Dolphin Resort). Este pequeno parque de diversões oferece shows diários com golfinhos e focas que encantam famílias e grupos escolares do Bahrein. A lagoa de concreto é sombreada por folhas de palmeira; os treinadores brincam de "pega-pega" com os golfinhos-nariz-de-garrafa, que se retorcem e pulam quando solicitados. Crianças que sabem nadar não hesitam em participar de programas supervisionados de natação com golfinhos. Embora modesto para os padrões internacionais, o Dolphinarium faz parte da paisagem litorânea de Manama há décadas – um lembrete alegre da relação do Bahrein com o mar. Perto dali, o reformado Manama Corniche (parque público à beira-mar) agora conta com pistas de corrida, playgrounds e até mesmo um anfiteatro ao ar livre para shows – um lugar convidativo para os moradores se reunirem ao pôr do sol com milho grelhado e lassi de manga na mão.

Parques e resorts costeiros

Fora do centro urbano de Manama, o Bahrein investiu pesadamente em recreação à beira-mar. Logo a nordeste da cidade fica a Baía do Bahrein, um novo projeto de recuperação de canais e ilhas que cria um calçadão contíguo do distrito financeiro em direção ao norte. Ao longo de seu calçadão, encontram-se apartamentos de luxo com marinas privativas e cafés ao ar livre onde os trabalhadores de escritório se encontram para almoçar em mesas turquesa à beira-mar. Um marco importante aqui é o complexo Marina Gateway – restaurantes e lojas sob um grande arco de frente para um lago artificial. Um paredão de pedestres conecta este complexo aos parques do Teatro Nacional do Bahrein e do Dolphinarium, criando um circuito urbano à beira-mar. Os caminhantes à noite costumam ficar para observar os iates navegando enquanto as luzes do centro da cidade refletem na água.

Mais ao norte, o empreendimento das Ilhas Amwaj se tornou um playground de fim de semana. Essas lagoas e praias artificiais ficam a apenas 10 km de Manama (na ilha de Muharraq). Amwaj é cercada por resorts e residências de luxo – lugares com nomes como The Grove, Solymar Beach e The Art Hotel – cada um oferecendo praias de areia branca, piscinas de água salgada e clubes de praia. Os visitantes podem praticar mergulho com snorkel nos recifes de corais, alugar pedalinhos ou jantar em restaurantes de frutos do mar no calçadão da marina. O Grande Prêmio anual do Bahrein (realizado em Sakhir, a 45 minutos de Manama) também teve seu impacto: muitos turistas de corrida agora fazem passeios de um dia para os cassinos ou spas de Amwaj quando o circuito de corridas está tranquilo.

Mais perto de Manama, novas praias públicas foram criadas. A reconstruída Praia Pública de Manama (perto do Delfinário) oferece entrada gratuita, areia limpa, equipamentos de ginástica e áreas de piquenique à sombra – um dos lugares favoritos das famílias para churrascos de fim de semana. Ao longo da Avenida King Khalifa (em terreno recuperado) ficam o Parque da Praia Al Jazayer e a Praia Marassi – gramados verdes com playgrounds para crianças e palmeirais. Em Al Jazayer, ainda é possível ver pescadores lançando linhas em quebra-mares rochosos, não muito longe de iates motorizados. Até mesmo a Calçada King Fahd agora é ajardinada com parques e praças de esculturas em sua extremidade do Bahrein, tornando a própria entrada um mini-resort. Durante todo o inverno (outubro a abril), multidões lotam essas praias ao nascer e ao pôr do sol. Em qualquer manhã clara, é possível até avistar os picos distantes e nevados de Jebel al-Lawz, na Arábia Saudita, do outro lado do mar, uma lembrança da estreita faixa do Bahrein com um panorama continental. No geral, o litoral ao redor de Manama foi moldado em uma zona recreativa acessível: de parques e praias públicas a enclaves de hotéis em ilhas particulares, o litoral oferece aos moradores e visitantes diversas maneiras de aproveitar o cenário marítimo do Bahrein.

Manama: Continuidade Viva

Em todos os bairros de Manama – da antiga Rua Muharraq à moderna Área Diplomática – a vida cotidiana flui com tranquilidade. Uma característica marcante da população de Manama é seu cosmopolitismo. Ao lado dos nativos do Bahrein, há grandes comunidades de expatriados do sul da Ásia, árabes e filipinos, cada um contribuindo para a cultura da cidade. É possível ouvir o árabe misturado ao hindi, malaiala e inglês nos cafés e lojas. Diversos padrões de bairro refletem essa diversidade: doces indianos se espalham por uma rua, enquanto restaurantes de estilo jordaniano ocupam outra. Os festivais religiosos e culturais dessas comunidades – do Diwali aos encontros de Diwaniya – tornaram-se parte do ritmo da cidade. Esse mosaico multicultural significa que uma saudação barenita de "Marhaba" em uma esquina pode responder a um "Namastê" nepalês na próxima.

Pontes – literais e simbólicas – conectam a antiga e a nova Manama. Uma família pode tomar o café da manhã durante o Ramadã em uma tenda de hotel ultramoderna que atende a milhares de pessoas ao pôr do sol e, em seguida, caminhar alguns quarteirões até a histórica Qal'at al-Bahrain a tempo para o espetáculo de luzes noturno. Em uma tarde qualquer, pescadores retiram seus peixes de um dhow de madeira na marina enquanto investidores tiram fotos das torres de vidro da cidade. De muitas maneiras, Manama preserva o cenário movimentado de uma antiga cidade portuária em microcosmo: pescadores alinham as redes na calçada ao amanhecer, abrindo caminho para os corredores no meio da manhã. O chamado para a oração flutua nas listas de estações de rádio internacionais. Mais um dia de trabalho começou sem pressa, junto com a mudança.

Manama hoje não parece uma cidade-museu; parece habitada. Placas multilíngues em árabe, inglês e outras línguas enfeitam as ruas. Vizinhos conversam nas entradas das lojas enquanto tomam chá de menta, crianças em uniformes familiares pulam corda nas calçadas e bustos de bronze de heróis nacionais ficam em pedestais ao lado de carrinhos de comida de rua. Apesar de todos os seus arranha-céus ambiciosos, a alma de Manama está nesses momentos de escala humana. Pode-se ver um avô guiando um turista pelo Gold Souq ou uma família de expatriados fazendo um piquenique nos jardins do Bastião ao pôr do sol, com os arranha-céus brilhando atrás deles. Manama convida os visitantes a transitar entre mundos em um único dia: você pode pegar um trem de bitola estreita de volta a Muharraq ao amanhecer, deliciar-se com um biryani no pátio de um comerciante ao meio-dia e retornar à noite para encontrar uma banda de jazz tocando em um lounge à beira-mar. Essa combinação de experiências – tão próximas geograficamente, mas culturalmente distintas – confere a Manama seu apelo único.

Em essência, Manama é o Bahrein em microcosmo – um lugar onde a história e a vida moderna se entrelaçam em escala humana. Para visitantes e moradores, cada rua e horizonte de Manama é uma história viva, continuamente reescrita a cada novo amanhecer. O amanhecer aqui traz a história de volta.

Muçulmanos 81,2%, cristãos 9%, outros 9,8%

Religião

Dinar do Bahrein (BHD)

Moeda

+973

Código de chamada

689,000

População

30 km2 (10 milhas quadradas)

Área

Árabe, inglês, farsi

Língua oficial

• Masculino: 62,18% • Feminino: 37,82%

Proporção sexual

GMT+3

Fuso horário

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