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Methana, uma cidade e antigo município na península do Peloponeso, na Grécia, ocupa um promontório vulcânico que se estende até o Golfo Sarônico, dentro dos limites administrativos da região da Ática. A unidade municipal abrange 50.161 quilômetros quadrados e registrou 1.352 habitantes no censo de 2021, enquanto a cidade contava com 892 habitantes em 2011. Situada ao norte da principal via de ligação a Gálatas e ao restante do Peloponeso, Methana fica aos pés do Monte Helona, que se eleva a 740 metros e serve como ponto central de uma península que se distingue por suas fontes geotérmicas e narrativas históricas complexas.
A gênese da península é inteiramente vulcânica, compreendendo mais de trinta centros de erupção que marcam o segmento mais ocidental do arco vulcânico do Egeu, ao lado de Milos, Santorini e Nisyros. A última erupção documentada ocorreu no século III a.C. perto do que é hoje Kameni Chora, um evento relatado por observadores clássicos como Estrabão, Ovídio e Pausânias. A investigação geológica por especialistas da ETH Zurique desde 1991 produziu um mapa topográfico abrangente em uma escala de 1:25.000, uma representação tridimensional interativa acessível online e um arquivo fotográfico com mais de dez mil slides. Do alto da península, o observador comanda um panorama que abrange as planícies do nordeste da Argólida, os contornos do sudeste da Coríntia, as ilhas Sarônicas de Egina e Salamina, e os limites orientais da península da Ática.
O relevo de Methana é marcado por uma espinha dorsal montanhosa central, com encostas cobertas de arbustos e pastagens relvadas emoldurando pequenos vales. A oeste, uma serra de três quilômetros desce em direção a um riacho estreito ladeado por penhascos, enquanto os conjuntos residenciais se apegam à costa, onde a planície conhecida como Throni se abre para o mar. As pastagens naturais que circundam a cidade de Methana atestam séculos de atividade pastoril, tendo como pano de fundo serras que canalizam ocasionalmente riachos de montanha para a costa rochosa.
Evidências arqueológicas atestam a ocupação humana na península já entre 1500 e 1300 a.C., com o assentamento mais antigo localizado perto da moderna vila de Vathy. O levantamento de Michael Deffner no século XIX revelou um trono substancial entre outros artefatos, e uma campanha arqueológica sistemática da Universidade de Liverpool e da Escola Britânica de Atenas na década de 1980 identificou sítios pré-históricos adicionais. A Acrópole Paleocastro, erguida acima de Vathy, domina uma paisagem que, na época ptolomaica, abrigava o porto de Arsínoe. Lá, uma fortificação se erguia na ilhota de Nisaki, guardando as vias de acesso marítimas. Uma fortaleza costeira conhecida como Acrópole Oga, perto de Kypseli, ressalta ainda mais a importância estratégica de Metana no final da Idade do Bronze. Escavações realizadas em 1990 sob a liderança de Helene Konstolakis-Jiannopoulou revelaram um assentamento micênico e a capela de Agios Konstantinos e Elenis, cujos achados estão atualmente expostos nos museus de Poros e Pireu. Inscrições no templo mortuário de Amenhotep III, no Egito, datadas do século XIV a.C., parecem incluir uma referência a Metana sob a forma m-dj-n-ij.
Durante o período clássico, Metana fazia parte do território de Trezena. Tucídides relata que, em 425 a.C., uma força ateniense comandada por Nícias, tendo derrotado a oposição coríntia, construiu uma muralha defensiva através do istmo para isolar a península do Peloponeso continental. No período helenístico, o controle passou para a dinastia ptolomaica, e o promontório foi renomeado Arsínoe em homenagem à irmã-esposa de Ptolomeu. Quando Pausânias visitou a península no século II d.C., descreveu um templo dedicado a Ísis e estátuas de Hermes e Hércules situados na ágora, testemunho da fusão das tradições religiosas egípcia e grega na península.
Após a antiguidade, os registros escritos de Metana silenciam ao longo dos períodos bizantino e otomano, mas vestígios materiais sugerem a continuidade da habitação. Ruínas de basílicas e igrejas que datam do final do século VI ou início do século VII apontam para comunidades cristãs primitivas. Dois principais assentamentos bizantinos parecem ter surgido em Panagitsa e perto dos cumes do Profeta Elias e Helona, enquanto um terceiro local se desenvolveu a oeste de Kounoupitsa, onde a igreja de Agia Barbara e as capelas com afrescos do século XIII de Agios Dimitrios e Agios Ioannis, o Teólogo, ainda estão de pé. A península parece ter escapado das ondas de incursões eslavas que afetaram as regiões vizinhas, mas registros medievais registram ataques esporádicos e uma mudança demográfica durante o século XIV, quando grupos arvanitas se estabeleceram na área.
O advento da Guerra da Independência Grega no início do século XIX trouxe uma onda repentina de refugiados — principalmente mulheres e crianças — fugindo das represálias otomanas. A população de Methana, anteriormente em torno de 500 a 600 habitantes, aumentou para 1.349 em 1830. Em 1826-1827, o fileleno francês Charles Fabvier ergueu uma fortaleza no istmo para proteger a península, e em 1834 o assentamento foi constituído como município dentro da província de Calávria, juntamente com Troizina, Dryopi e a própria Calávria. Ao longo do século XIX e início do século XX, a comunidade manteve seu perfil modesto, centrada na pesca, na agricultura e nas fontes termais locais.
A reforma administrativa, em vigor a partir de 1º de janeiro de 2011, fundiu Methana com o município vizinho de Troizina, criando o novo município de Troizinia-Methana, do qual Methana continua sendo uma unidade municipal. Essa unidade se subdivide em quatro comunidades: Kounoupitsa (compreendendo Kounoupitsa, Agios Georgios, Agios Nikolaos, Makrylongos e Palaia Loutra), Kypseli (incluindo Kypseli e Agioi Theodoroi), Loutropoli Methanon (abrangendo Methana e Dritsaiika) e Megalochori (composta por Megalochori, Vathy, Kaimeni Chora e Megalo Potami).
A fama duradoura de Metana reside em suas águas termais, que atraem visitantes desde a antiguidade. Oficialmente chamada de Loutropoleos Methanon — "Spa de Metano" —, a entrada sul da cidade é marcada por casas de banho adjacentes ao lago sulfuroso conhecido como Vromolimni, um corpo d'água com aproximadamente 150 metros de comprimento e 50 metros de largura alimentado por fontes subterrâneas. Médicos locais prescrevem curas para reumatismo, artrite, distúrbios ginecológicos e condições dermatológicas. Em frente às termas, o porto de Metana oferece ancoradouros para embarcações com destino a Egina, Poros e Pireu. Um estreito istmo liga a cidade à península de Nisaki, onde as fundações de um castelo do século IV a.C. e a igreja de Agii Anargyri testemunham arquiteturas defensivas e devocionais. Ao longo do calçadão à beira-mar, uma seleção de hotéis modestos e tavernas familiares oferecem acomodação e sustento aos viajantes que vêm para tomar banho nas fontes e viajar além.
Além dos limites da cidade, um santuário micênico descoberto em 1990 fica a um quilômetro a nordeste do porto, enquanto a oeste de Dritseika, os restos de uma antiga torre e assentamento que datam da era micênica pontuam a planície de Throni. Ao longo da península, trilhas estreitas serpenteiam entre olivais e arbustos de maquis, oferecendo vistas panorâmicas do Golfo Sarônico e dos pináculos distantes da costa argólica. Os horários das balsas ligam Methana às ilhas vizinhas e ao continente, garantindo que esta comunidade — cuja população é de 1.097 habitantes, incluindo Dritseika — permaneça singularmente remota e acessível.
Metana emerge como um local onde as forças do fogo e da pedra moldaram o esforço humano ao longo de três milênios. Suas fontes termais preservam um elo vivo com as terapias clássicas; seus vestígios arqueológicos relembram sucessivas camadas de povoamento; sua evolução administrativa reflete o próprio processo grego de formação do Estado-nação. Do antigo Trono de Vathy às muralhas da fortaleza de Fabvier; das práticas de culto ptolomaico às rotinas contemporâneas das cidades termais; Metana preserva um diálogo duradouro entre topografia e aspiração humana. Em cada piscina fumegante e em cada ruína de granito, a península convida à reflexão sobre a resiliência da comunidade e a profunda continuidade que une o passado ao presente.
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