Da criação de Alexandre, o Grande, até sua forma moderna, a cidade tem permanecido um farol de conhecimento, variedade e beleza. Seu apelo atemporal vem de…
Yokohama ergue-se sobre terras recuperadas na orla da Baía de Tóquio. Ela se estende por 437 quilômetros quadrados, ladeada por colinas suaves e pela vasta extensão da Planície de Kantō. Seu litoral se eleva a apenas cinco metros acima do nível do mar, mas seu caráter foi moldado tanto pelo mar quanto pelas encostas que limitam seu crescimento. Duas alturas modestas — Omaruyama, com 156 metros, e Enkaizan, com 153 metros — elevam-se dentro de seus limites. Aqui, o Rio Tsurumi desce das Colinas Tama antes de chegar ao Pacífico. Essas características definem uma cidade cujos limites pressionam as florestas das encostas e cujo centro se expandiu para dentro da água.
Yokohama emergiu da obscuridade em meados do século XIX. Por mais de dois séculos, o Japão manteve uma política rigorosa de isolamento. Em 1854, o Comodoro Perry firmou um tratado que abriu as fronteiras do país. Cinco anos depois, em 1859, Yokohama recebeu seus primeiros navios mercantes estrangeiros. Tornou-se o porto inaugural do Japão para o comércio internacional e o local de sua primeira Chinatown. Em uma década, a cidade passou a abrigar lâmpadas a gás, conexões ferroviárias com Tóquio e jornais em inglês. Cervejarias e confeitarias estabeleceram suas primeiras operações japonesas aqui. A rápida chegada de práticas e tecnologias ocidentais rendeu a Yokohama a reputação de porta de entrada entre o Japão e o mundo.
O crescimento da cidade enfrentou tanto convulsões naturais quanto conflitos humanos. O Grande Terremoto de Kantō, em 1923, arrasou grande parte de Yokohama, ceifando dezenas de milhares de vidas. A reconstrução seguiu novos padrões em projetos sísmicos, mas a memória da devastação permaneceu. Duas décadas depois, bombardeios de guerra causaram ainda mais danos. A recuperação pós-guerra levou a amplas avenidas, modernas estruturas de aço e vidro e um porto expandido. A cidade adotou novos terrenos da baía, criando bairros como Minato Mirai 21, onde um museu de arte compartilha o horizonte com torres de escritórios.
No século XXI, Yokohama já havia assumido o posto de segundo maior município do Japão, tanto em população quanto em área territorial. Seus 3,77 milhões de habitantes vivem em 18 distritos administrativos, cada um refletindo facetas distintas da vida urbana. O distrito de Kohoku, com mais de 360.000 habitantes, estende-se para o norte, em direção aos subúrbios de passageiros. Aoba, Tsurumi e Totsuka abrigam, cada um, mais de 250.000 habitantes. No centro da cidade, os distritos de Nishi e Minami ultrapassam 15.000 habitantes por quilômetro quadrado, devido à densa densidade de apartamentos e às vias comerciais.
A governança urbana é exercida por um prefeito e um conselho de 86 membros. O atual prefeito assumiu o cargo em 2021, sucedendo um antecessor que cumpriu três mandatos. A cidade possui o status de cidade designada, o que lhe confere poderes normalmente reservados às autoridades provinciais. Yokohama é a capital da província de Kanagawa, além das vizinhas Kawasaki, Fujisawa e Kamakura, entre outras.
A vida econômica gira em torno do porto e da Zona Industrial de Keihin. Yokohama está entre os maiores portos marítimos do mundo, movimentando mais de 120.000 toneladas de carga anualmente e milhões de contêineres. As instalações são reconhecidas mundialmente pela produtividade: guindastes de contêineres realizam, em média, mais de 160 movimentações por hora com eficiência máxima. Empresas como Nissan, Isuzu e JVCKenwood têm suas sedes aqui. Instituições financeiras, incluindo o Banco de Yokohama, compartilham o centro urbano com empresas de tecnologia e mídia.
O deslocamento diário molda a força de trabalho. Mais de 1,5 milhão de moradores viajam para além das fronteiras da cidade em busca de emprego, principalmente para Tóquio. Por outro lado, 1,2 milhão de trabalhadores chegam diariamente de comunidades vizinhas. Atacado, varejo e saúde constituem grandes segmentos da produção local, enquanto serviços profissionais e técnicos continuam a se expandir.
A demografia mudou nos últimos anos. Os estrangeiros somam agora mais de 120.000, representando 3,2% do total. Cidadãos chineses, coreanos e vietnamitas compõem os maiores grupos. Contingentes menores vêm do Brasil, dos Estados Unidos e do Peru. A presença de trabalhadores estrangeiros reflete o legado internacional da cidade.
O clima em Yokohama se enquadra na categoria subtropical úmida. Os invernos trazem céu limpo e temperaturas raramente abaixo de zero, enquanto os verões são quentes e úmidos. A temperatura mais fria já registrada ocorreu em 24 de janeiro de 1927, com -8,2 °C; a mais quente atingiu 37,4 °C em 11 de agosto de 2013. Outubro de 2004 registrou mais de 760 milímetros de chuva naquele mês, um recorde na história recente.
A vida cultural traça linhas entre o Japão tradicional e a influência ocidental primitiva. A Chinatown de Yokohama oferece lojas e restaurantes em vielas estreitas. Perto dali, o Jardim Italiano e o cemitério de estrangeiros permanecem como vestígios de enclaves de expatriados do século XIX. O Hikawa Maru, um transatlântico de 1930 atracado no Parque Yamashita, agora serve como um museu que relembra as viagens pelo Pacífico a Seattle e Vancouver.
Pontos turísticos se aglomeram ao longo da orla. A Torre Landmark tem 296 metros de altura e um mirante oferece vistas do Monte Fuji em dias claros. O Nippon Maru, um veleiro de quatro mastros, ancora em um píer de museu não muito longe do farol da Torre Marinha. O Píer Ōsanbashi apresenta amplos decks de madeira com vista para o horizonte de Minato Mirai.
Arte e história recebem atenção em mais de quarenta museus. O Museu do Cup Noodles conta a história da invenção do ramen instantâneo, com direito a cozinhas comunitárias interativas. O Museu de História Cultural da Prefeitura de Kanagawa ocupa um prédio bancário do século XIX. O Parque Sankei-en preserva estruturas históricas de madeira da era Kamakura em meio a jardins paisagísticos. Instituições menores exploram a equitação, a literatura infantil e a arte moderna, refletindo o passado complexo da cidade.
Espaços verdes se entrelaçam no tecido urbano. O Parque Yamashita ocupa terras recuperadas ao longo do porto. O Sankei-en se estende por uma antiga propriedade rural ao sul. Dentro dos limites da cidade, o Parque Florestal de Negishi oferece estábulos e gramados abertos. O Parque Kishine se enche de flores a cada primavera, enquanto o Parque Memorial Hideyo Noguchi homenageia o bacteriologista cuja pesquisa moldou a medicina.
Santuários xintoístas e templos budistas ancoram bairros. O Somitsu-ji (Sōji-ji), no bairro de Tsurumi, mantém uma linhagem zen que remonta a séculos. O Santuário Morooka Kumano continua sendo um destino para orações relacionadas ao esporte, com sua divindade ave de três pernas associada a aspirações competitivas. Na região de Kanazawa, o Templo Shōmyō-ji e seus jardins oferecem um contraste tranquilo com o centro comercial.
Arenas esportivas atraem multidões. O Estádio Nissan em Shin-Yokohama sediou a final da Copa do Mundo de 2002 e continua sendo a casa de clubes profissionais de futebol. O Estádio de Yokohama leva os torcedores aos jogos de beisebol em um parque aberto. A Arena de Yokohama recebe apresentações musicais internacionais e grandes exposições.
A infraestrutura de transporte integra trens de alta velocidade, redes de transporte regional e linhas locais. A Estação Shin-Yokohama conecta-se à Tōkaidō Shinkansen, enquanto a Estação Yokohama recebe mais de dois milhões de passageiros diariamente. Linhas JR, ferrovias privadas e metrôs municipais atravessam a cidade. A Linha Minato Mirai se estende no subsolo da Estação Yokohama até Chinatown, com suas estações instaladas em prédios de tijolos vermelhos e pedra que remetem à arquitetura ocidental antiga.
Ônibus, barcos e riquixás de bicicleta completam o transporte local. Um ônibus circular vermelho "Akai Kutsu" circula por Minato Mirai, Chinatown e Motomachi. O táxi aquático Sea Bass liga a estação, a orla do porto e o parque. No nível da rua, táxis a pedal atendem turistas, e riquixás circulam por vielas estreitas.
Yokohama oferece acesso a partir de dois aeroportos. Haneda fica dezessete quilômetros ao norte; a Linha Keikyu encontra a Estação Yokohama em trinta minutos. Narita fica mais distante; trens diretos levam noventa minutos, enquanto ônibus limusine completam a viagem em duas horas.
De vila de pescadores a metrópole marítima, Yokohama manteve seu lugar no limiar do Japão. Preserva vestígios antigos de intercâmbio cultural, ao mesmo tempo em que acomoda a vida moderna em litorais recuperados. Cada distrito demonstra sua adaptação — a embarcações estrangeiras, a tremores subterrâneos e às marés da baía. A história da cidade se desenrola onde a terra encontra a água, oferecendo um presente contínuo moldado por camadas de história.
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