Examinando sua importância histórica, impacto cultural e apelo irresistível, o artigo explora os locais espirituais mais reverenciados ao redor do mundo. De edifícios antigos a incríveis…
Baku fica na costa sul da Península de Absheron, onde o Mar Cáspio se mistura a avenidas largas o suficiente para abrigar memórias antigas e ambições modernas. A cidade está situada a 28 metros abaixo do nível do mar — a capital nacional mais baixa do mundo —, mas seu espírito se eleva muito acima de sua profundidade topográfica. Uma população que ultrapassou os dois milhões em 2009 se concentra ao longo da baía, atraída pelo comércio, pela cultura e pelos ventos cortantes que lhe renderam o apelido de "Cidade dos Ventos".
Do labirinto murado de Icheri Sheher — a Cidade Velha — vislumbram-se camadas da herança de Baku. Em seu centro, ergue-se a Torre da Donzela, cuja forma cilíndrica sugere defesas medievais e tradições ancestrais. Perto dali, o Palácio dos Xás de Shirvan afirma o legado de uma dinastia que governou estas costas por séculos. Em 2000, a UNESCO reconheceu este enclave como Patrimônio Mundial, em parte por suas muralhas e caravançarais sobreviventes, mas também pela autenticidade de suas vielas estreitas, onde sombra e luz do sol se misturam sobre pedras desgastadas por séculos.
Além dos portões da Cidade Velha, doze raions administrativos e quarenta e oito municípios se estendem pela península. Entre eles, Neft Daşlar — o assentamento petrolífero construído sobre pilares de aço bem acima da água — fica a sessenta quilômetros da costa. Surgiu em meados do século XX como um modelo de audácia industrial e permanece ativo, um testemunho do envolvimento secular da cidade com o petróleo. Em terra, as ilhas do Arquipélago de Baku abrigam pequenas comunidades e servem como lembretes da influência do mar na economia da região.
O petróleo moldou a ascensão de Baku, de uma modesta cidade de sete mil habitantes no início do século XIX para um centro global em 1900. Poços de superfície perfurados à mão no século XV deram lugar, em 1872, às primeiras plataformas comerciais. Na virada do século, os campos ao redor de Baku produziam metade do petróleo mundial, atraindo engenheiros e operários de toda a Europa e de outros lugares. Entre 1860 e 1913, a população da cidade aumentou de treze mil para mais de duzentos mil habitantes, trazendo consigo comunidades russas, armênias e judaicas que adicionaram toques musicais, literários e arquitetônicos ao tecido urbano.
Sob o domínio soviético, Baku serviu como refúgio de verão e polo industrial. Seu clima seco e longas horas de sol a tornaram um destino para quem buscava descanso nas praias do Mar Cáspio ou em complexos termais, mesmo com suas fábricas e refinarias deixando um legado de poluição. Os ventos da cidade — khazri do norte e gilavar do sul — frequentemente atingem a força de vendaval, arrancando folhas das árvores e varrendo a baía a velocidades registradas de até 144 quilômetros por hora.
Abaixo das modernas avenidas de Baku, encontram-se lagos salgados e vulcões de lama. Lokbatan e outros lagos além dos limites da cidade borbulham com lama viscosa, enquanto o Lago Boyukshor se estende a noroeste. Essas características refletem a aridez da Península de Absheron. A precipitação anual raramente ultrapassa 200 milímetros, um forte contraste com os exuberantes flancos ocidentais do Cáucaso, onde a precipitação pode ultrapassar os 2 mil milímetros. A chuva chega principalmente em estações diferentes do verão, mas nenhuma época do ano é verdadeiramente chuvosa.
Os verões em Baku são quentes, com temperaturas médias diárias em julho e agosto em torno de 26 °C. O khazri costuma trazer alívio à orla, onde calçadões serpenteiam ao longo da baía. Os invernos permanecem frios, com média de 4,3 °C em janeiro e fevereiro, mas o ar polar e o khazri podem intensificar o frio, e a neve, embora passageira, cai sobre o horizonte moderno da cidade.
A atividade econômica concentra-se em energia, finanças e comércio. Aproximadamente 65% do PIB do Azerbaijão flui por Baku. O Porto Internacional de Comércio Marítimo de Baku movimenta milhões de toneladas de carga anualmente, conectando rotas marítimas, ferroviárias e rodoviárias através do corredor Transcaspiano. A Bolsa de Valores de Baku ocupa o primeiro lugar no Cáucaso em capitalização de mercado, e bancos multinacionais — HSBC, Société Générale, Credit Suisse — mantêm filiais ao lado de instituições nacionais como o Banco Internacional do Azerbaijão.
O petróleo impulsionou o crescimento inicial; hoje, sustenta o desenvolvimento contínuo. O complexo Azeri-Chirag-Guneshli e o campo de gás Shah Deniz alimentam o Terminal Sangachal, enquanto gasodutos — incluindo as rotas Baku-Tbilisi-Erzurum e Baku-Tbilisi-Ceyhan — transportam hidrocarbonetos para a Europa e além. O Corredor de Gás do Sul, em operação desde 2007, movimenta até 25 bilhões de metros cúbicos de gás anualmente, alterando o mapa energético da Europa.
No entanto, o caráter de Baku se estende além de sua economia petrolífera. Espaços culturais se multiplicam em todos os distritos: o Centro Cultural Heydar Aliyev, projetado por Zaha Hadid, ocupa uma praça próxima ao boulevard; o Centro Internacional Mugham recebe apresentações de música modal, reconhecida pela UNESCO como patrimônio imaterial. Museus — de arte nacional e moderna, história, tapetes — exibem objetos que vão desde antigas relíquias zoroastrianas até telas contemporâneas do Azerbaijão.
A arquitetura religiosa testemunha o passado plural da cidade. O islamismo xiita predomina, mas mesquitas coexistem com igrejas ortodoxas, sinagogas revividas após a nacionalização soviética e uma Prefeitura Apostólica Católica. Nowruz, o antigo Ano Novo persa, permanece central, mesmo que os hamams dos séculos XII a XVIII — Teze Bey, Gum, Bairamali e Agha Mikayil — continuem a servir como centros sociais, com seus interiores abobadados restaurados para uso moderno.
A renovação urbana remodela a silhueta de Baku. Torres envidraçadas — SOCAR, Flame Towers, o cristalino Deniz Mall — erguem-se ao lado de fachadas da era soviética. O patrimônio do Centro da Cidade resistiu aos danos causados por terremotos e aos erros de restauração; removido da lista de perigos da UNESCO em 2009, permanece como a âncora da cidade. A Praça das Fontes pulsa com cafés e vida noturna, enquanto as casas noturnas refletem tradições orientais e ritmos ocidentais.
Espaços verdes percorrem a cidade. O Boulevard Baku oferece aos pedestres vistas para o mar e fontes musicais; os Parques Heydar Aliyev e Samad Vurgun oferecem refúgios à sombra; a Alameda dos Mártires homenageia aqueles que morreram em conflitos. Avenidas arborizadas anunciam a aproximação da Rua Nizami e da Avenida Neftchilar, onde boutiques internacionais convivem com lojas locais.
Redes de transporte conectam Baku. O metrô, inaugurado em 1967, ostenta lustres e mosaicos ornamentados em três linhas e vinte e cinco estações. Os planos visam adicionar quarenta e uma estações ao longo de duas décadas. Os cartões inteligentes BakuCard operam em metrôs e ônibus; uma ferrovia suburbana e um funicular ligam o litoral aos subúrbios nas encostas. As ligações rodoviárias ao longo da M-1 e da E60 conectam a cidade à Europa e à Ásia Central. Serviços de balsa e catamarã cruzam a baía para Turkmenbashi e o Irã, enquanto o funicular sobe encostas íngremes para mostrar a cidade de cima.
Mudanças demográficas marcaram a história de Baku. No final do século XX, as políticas soviéticas expulsaram os residentes armênios; outras minorias — talish, russos e lezgi — permanecem em menor número. Hoje, a etnia azerbaijana predomina. Os padrões migratórios desde o século XIX transformaram uma cidade de poucos milhares de habitantes em uma metrópole de 2,3 milhões até 2020. Deslocados internos e refugiados contribuíram para o crescimento urbano, refletindo conflitos regionais.
Apesar de uma classificação cara em pesquisas globais, as despesas mensais em Baku permanecem mais baixas do que em muitas grandes cidades. Ruas luxuosas dividem espaço com bairros modestos. O Crescent Mall foi inaugurado em maio de 2024, adicionando comodidades a centros comerciais já existentes, como Ganjlik, Park Bulvar e Port Baku. No entanto, por trás do brilho, a cidade combina tradição e inovação: oficinas de tecelagem de tapetes funcionam perto de escritórios em arranha-céus; antigos hammams se erguem à vista de torres altíssimas.
Eventos internacionais destacam a evolução do papel de Baku. A cidade sediou o Eurovision em 2012, os Jogos Europeus em 2015 e o Grande Prêmio de Automobilismo desde 2016. Em 2021 e novamente em 2024, encontros globais atraíram delegados de diversas nações. Cada ocasião trouxe novas intervenções arquitetônicas à estrutura histórica de Baku, desde centros de mídia na orla marítima até locais personalizados em zonas industriais readaptadas.
O apelo de Baku surge dos contrastes. Um viajante guiado pela narrativa de Ali e Nino notaria como a austeridade da cidade — ar seco, ruas pedregosas — proporciona momentos de aconchego: em um concerto de Mugham, no silêncio do pátio de uma mesquita após a oração, na valsa das luzes sobre as águas do bulevar. A coragem da cidade emerge em sua resistência a impérios e ideologias; sua graça transparece nas pedras polidas dos museus modernos e nas muralhas desgastadas da Cidade Velha.
Em Baku, Ásia e Europa se encontram não como abstrações, mas em formas tangíveis: os minaretes e as cúpulas em forma de cebola ao lado de fachadas neoclássicas; o bazar oriental perto de um shopping de estilo ocidental; as plataformas de petróleo no mar, visíveis de um calçadão à beira-mar onde famílias passeiam ao entardecer. Aqui, sob uma abóbada de ventos e céus inconstantes, uma cidade abaixo do nível do mar oferece um mundo acima dela.
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