Viagens de barco — especialmente em um cruzeiro — oferecem férias distintas e com tudo incluso. Ainda assim, há benefícios e desvantagens a serem considerados, assim como em qualquer tipo…
Aninhada na costa sudeste da República Dominicana e com vista para as águas cristalinas da Ilha Catalina, La Romana é um município de 153.241 habitantes dentro de seus limites oficiais (uma população metropolitana de 270.000) em uma província que leva seu nome. Fundada em 1897 em meio à promessa de um boom do petróleo, tornou-se um dos dez maiores centros urbanos do país, com sua malha urbana abrangendo 149.840 moradores urbanos e 3.401 em enclaves rurais. O nome La Romana deriva de "Bomana", a designação taína para o curso de água agora conhecido como Rio Romana — uma tábua de salvação que moldou o destino da cidade. Hoje, um aeroporto internacional, inaugurado em 2000, conecta este vibrante centro a turistas que buscam o sol e viajantes a negócios, destacando sua transformação de posto avançado agrário em ponto de referência cosmopolita.
A gênese da cidade como um assentamento petrolífero dava poucos indícios de sua futura proeminência. Em duas décadas, os mercados globais de adoçantes cresceram, levando à construção de uma enorme usina de açúcar em 1917. Essa mudança atraiu trabalhadores de toda a Hispaniola e de outros lugares; seu trabalho coletivo teceu uma tapeçaria multicultural, enquanto famílias viajavam para o sul na esperança de prosperidade. Um empreendimento singular, a usina Central Romana da South Puerto Rico Sugar Company, ancorou a economia, com suas chaminés e correias transportadoras como uma silhueta onipresente contra o céu matinal. Mesmo durante o reinado autocrático de Rafael Trujillo, Central Romana permaneceu intocada, com sua propriedade assegurada em meio a nacionalizações abrangentes.
A aquisição pela Gulf and Western Industries, Inc. em 1960 marcou um novo capítulo. Com um aporte de cerca de US$ 20 milhões, o conglomerado reconstruiu moradias, escolas e clínicas — instalações projetadas para atender a uma população quase 100% empregada. A pecuária ganhou destaque junto com o açúcar, enquanto a corporação começou a expandir seu alcance para o lazer. Em meados da década de 1970, com a Gulf and Western se desfazendo de muitos ativos caribenhos, a empresa concentrou seus recursos na Casa de Campo, inaugurando o que se tornaria um enclave turístico exclusivo.
Uma mudança subsequente na administração ocorreu em 1984, quando a Central Romana passou para as mãos de investidores locais e estrangeiros, incluindo os irmãos Fanjul. O grupo herdou não apenas vastas terras açucareiras, mas também a fábrica de tabaco Tabacalera de García, inativa desde a fusão da Gulf and Western com a Consolidated Cigar em 1968 e a realocação da produção de charutos nas Ilhas Canárias. Lá, o ar dominicano e artesãos habilidosos conspiraram para produzir alguns dos melhores charutos do mundo — Montecristo, H. Upmann e Romeo y Julieta —, artesanatos entrelaçados com a identidade da La Romana e, desde 1999, comercializados sob a marca Altadis.
Onde o Rio Dulce corta a cidade, o comércio industrial dominou por muito tempo a margem ocidental, com seus cais carregados de açúcar e melaço com destino aos mercados globais. Superando sua capacidade, a Central Romana embarcou em um novo porto na costa leste, remodelando o terminal original e dragando canais a uma profundidade de 10,5 metros. Dezembro de 2002 marcou a chegada da Costa Marina e a inauguração de uma extensão de US$ 12 milhões, que agora conta com dois ancoradouros para cruzeiros — 255 metros a leste e 225 metros a oeste — além de um pavilhão de passageiros de 1.000 metros quadrados e estacionamento para duas dúzias de ônibus. Aqui, à beira da água, os viajantes desembarcam para experimentar a interação da região entre a garra da era açucareira e o refinamento de uma cidade turística.
Os passageiros desembarcam no Aeroporto Internacional de La Romana (IATA: LRM, ICAO: MDLR), onde terminais ao ar livre emolduram palmeiras altas e a brisa caribenha. Um aeroporto comercial privado, ocupa o quinto lugar em tráfego nacional, atrás de Punta Cana, Las Américas, Puerto Plata e Santiago. Seus sete portões internacionais recebem jatos, enquanto um pátio separado abriga uma dúzia de aeronaves particulares. Em poucos minutos, é possível chegar a San Pedro de Macorís ou seguir para oeste até a capital, Santo Domingo de Guzmán — um lembrete de que La Romana ocupa tanto um distrito distinto quanto um ponto central da vida dominicana.
Uma topografia abrigada desvia os ventos alísios do nordeste, colocando La Romana no limite de um clima de savana tropical, contornando uma classificação semiárida quente. As chuvas se acumulam em dobras sazonais, deixando trechos ensolarados para campos de golfe, vilas à beira-mar e canaviais. Ao longo da costa, Bayahibe e Dominicus margeiam o horizonte com vilas resort, suas fachadas caiadas espelhadas em lagoas plácidas; além delas, os fairways exuberantes de Casa de Campo se estendem até resorts de golfe verdejantes que passaram a definir a economia de lazer da província.
Apesar dos enclaves luxuosos, a vida na cidade mantém uma cadência típica de cidade grande. Gua guas — ônibus locais — e moto-conchos (mototáxis) serpenteiam por ruas estreitas, com seus motoristas anunciando destinos enquanto serpenteiam por prédios baixos pintados em coral e menta. Os passageiros devem pechinchar com astúcia, cientes do próprio risco diante do frenesi das locomotivas; não há seguro formal, um lembrete de que o transporte diário continua sendo uma troca impulsionada pelo mercado. Trens de carga circulam pela periferia da cidade, carregados de mercadorias de exportação em vez de passageiros, enquanto os ônibus oferecem a passagem mais econômica para moradores e visitantes.
A uma curta distância da cidade, o Río Chavón atravessa um cânion esculpido até recriar uma vila mediterrânea do século XVI — Altos de Chavón — onde praças de paralelepípedos abrigam exposições de artefatos taínos e restaurantes se erguem em terraços acima da água. Seu anfiteatro, esculpido em pedra coral, já recebeu estrelas de Frank Sinatra a Cocoband, e cada apresentação sob as estrelas é um testemunho da fusão da estética do velho mundo com a vitalidade caribenha. Uma herança talentosa, foi concebido como uma homenagem, mas evoluiu para um marco cultural, com suas vielas labirínticas sendo um palco para descobertas tanto quanto o próprio anfiteatro.
A hospitalidade aqui se desdobra em dois registros. Hotéis com tudo incluído, cercados por campos de golfe impecáveis e praias privativas, oferecem todas as opções de lazer imagináveis — de spas a esportes aquáticos — enquanto pousadas familiares na cidade oferecem quartos modestos e um vislumbre dos ritmos cotidianos. Esses estabelecimentos locais, muitas vezes livres das tarifas de resort, oferecem acesso a mercados de rua onde artesãos vendem chapéus, roupas esportivas e estatuetas esculpidas à mão — um inventário que reflete a herança dominicana e a linhagem afro-espanhola da ilha.
Dentro das barracas do mercado, o ar vibra com as negociações, enquanto os clientes compram bananas-da-terra, mamões e dentes de alho para cozinhar em casa, cada vendedor ciente de que a concorrência está a apenas uma barraca de distância. Carrinhos de comida de rua servem lulas fritas, com suas bordas crocantes perfumadas com frutas cítricas e sal marinho, uma opção popular entre turistas que buscam experimentar a culinária vernacular. Restaurantes localizados ao longo das vias arteriais se deliciam com produtos locais — mandioca, ervilha-de-guandu, ensopados de cabra — temperando a tradição com as exigências de um paladar internacional cauteloso com alérgenos e temperos desconhecidos.
À medida que a noite cai, as festividades se deslocam para as praias e praças da cidade, onde moradores e hóspedes do resort se misturam sob palmeiras iluminadas por lampiões. Cassinos e bares servem coquetéis de cerveja e rum, enquanto vendedores rondam a areia com sucos frescos de mamão, manga e graviola. Na vizinha Bayahibe, a boate Big Sur convida os foliões para noites regadas a merengue com generosas porções de pratos dominicanos, um lugar onde a dança comunitária apaga as distinções entre visitante e residente.
Aventureiros durante o dia podem usar equipamento de mergulho com snorkel para explorar os recifes de corais da Ilha Catalina ou fretar excursões de mergulho para naufrágios sob ondas de cobalto. Golfistas exploram campos de elite projetados por arquitetos renomados que aproveitaram o terreno ondulado para desafiar amadores e profissionais. Para quem busca descanso, os spas da Casa de Campo oferecem pavilhões de massagem sob telhados de palha — santuários onde o aroma dos canaviais se mistura com a brisa morna.
Quando a vontade de ficar mais tempo surgir, pode-se visitar a fábrica da Tabacalera de García, testemunhando artesãos habilidosos enrolando os charutos mais estimados do mundo com dedos manchados de óleo de tabaco. O processo é ensaiado, mas nunca rotineiro, cada folha selecionada pelo aroma, cada anel de charuto alinhado com exatidão militar — a soma resultando em um símbolo de luxo.
A história de La Romana é uma história de transformação — de rios batizados por Taínos, de booms petrolíferos eclipsados pelas fortunas do açúcar, de capital estrangeiro que dinamiza a pecuária e os empreendimentos de lazer. Seu horizonte de palmeiras e chaminés, suas docas e fairways, seus terminais a céu aberto e barracas de mercado convergem em um retrato singular: um lugar onde a tradição encontra as correntes globais, onde o pulso da indústria coexiste com a languidez da vida insular. Para viajantes que buscam mais do que sol e areia, esta cidade convida à imersão em histórias em camadas, cada época inscrita em suas ruas, seu porto, seu próprio ar.
Em última análise, La Romana perdura não apenas como um ponto de passagem para visitantes, mas como um emblema de adaptabilidade — uma comunidade que suportou o peso das mudanças econômicas e emergiu com um caráter moldado pelo melaço, pela fumaça de charuto e pelo sussurro das marés caribenhas. Sua essência se revela em momentos tanto grandiosos — o anfiteatro com campanário em Altos de Chavón, a extensão de um campo de golfe profissional — quanto íntimos: o eco das vozes negociando ao amanhecer, o aroma de lula frita sob uma brisa com aroma de manga. Nessa convergência de comércio e cultura, de fatos passados e possibilidades futuras, La Romana se revela como um destino de poder silencioso, com uma narrativa tão rica quanto o solo que outrora alimentou seus engenhos de açúcar.
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