10 cidades maravilhosas na Europa que os turistas ignoram
Enquanto muitas das cidades magníficas da Europa permanecem eclipsadas por suas contrapartes mais conhecidas, é um tesouro de cidades encantadas. Do apelo artístico…
Abrangendo desertos e recifes de coral, zonas de guerra e florestas tropicais, a lista "Patrimônio Mundial em Perigo" da UNESCO destaca locais cujo Valor Universal Excepcional está ameaçado. Em 2025, a UNESCO reportava 53 propriedades na Lista de Perigo (algumas fontes de terceiros ainda citam 56 devido a remoções recentes). A lista tem como objetivo "informar a comunidade internacional sobre as condições que ameaçam" o patrimônio de cada local e desencadear ações corretivas. Este guia combina dados oficiais, análises de especialistas e relatos de experiências no local para explicar por que esses tesouros (das ruínas de Aleppo aos pântanos dos Everglades) estão em perigo, como a UNESCO e seus parceiros locais respondem e como os leitores – sejam viajantes, acadêmicos ou cidadãos preocupados – podem ajudar. Ao longo do caminho, destacaremos exemplos icônicos (como a Grande Barreira de Corais, Veneza e Machu Picchu) para esclarecer por que alguns locais famosos permanecem fora da Lista de Perigo oficial e mostrar como outros locais foram salvos ou restaurados. Como afirmou Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO, “quando sítios são retirados da Lista do Patrimônio Mundial em Perigo, é uma grande vitória para todos” – um triunfo conquistado com muito esforço, fruto da ciência, do financiamento e do cuidado da comunidade.
Em resumo: segundo o Centro do Patrimônio Mundial da UNESCO, 53 sítios estão atualmente inscritos como em perigo. (Veículos de comunicação internacionais frequentemente citam 56, pois três sítios africanos foram recentemente retirados da lista, o que ilustra o dinamismo da mesma.) A Lista de Perigo difere da Lista do Patrimônio Mundial principal: cada sítio na Lista de Perigo já está inscrito por seu valor excepcional, mas foi sinalizado como estando sob ameaça comprovada. Em contrapartida, a Lista do Patrimônio Mundial principal simplesmente cataloga sítios de excepcional importância cultural ou natural. Estar na Lista de Perigo não retira o status de patrimônio de um sítio – pelo contrário, libera apoio emergencial. De fato, as normas da UNESCO permitem especificamente que o Comitê aloque “assistência imediata do Fundo do Patrimônio Mundial” para qualquer sítio que inscreva como em perigo. A inclusão na lista pode, portanto, mobilizar rapidamente especialistas e financiamento.
Os sítios na Lista de Perigo abrangem todas as regiões, do Mali e Madagascar à Síria e aos Estados Unidos. Muitas facetas dos problemas estão representadas: conflitos armados, desenvolvimento descontrolado, poluição, mudanças climáticas, perda da vida selvagem e pressões do turismo. De fato, a UNESCO alerta que conflitos armados, terremotos, poluição, caça ilegal, urbanização descontrolada e turismo representam “grandes problemas” para o patrimônio em todo o mundo. Uma análise recente destacou a dimensão do risco climático: quase 73% dos sítios do Patrimônio Mundial da UNESCO estão altamente expostos a riscos relacionados à água, como inundações, secas ou elevação do nível do mar. Como veremos, os locais mais ameaçados incluem as cidades antigas da Síria, as florestas tropicais e parques de vida selvagem africanos, áreas úmidas ameaçadas como os Everglades e cidades históricas ameaçadas pela mineração ou por megaprojetos.
Apesar desse panorama preocupante, a narrativa não se resume apenas a perdas. Nas últimas décadas, alguns sítios se recuperaram o suficiente para serem removidos da lista – vitórias raras, mas notáveis. Por exemplo, as Ilhas Galápagos (Equador) enfrentaram a pressão de espécies invasoras e do desenvolvimento urbano, mas foram formalmente retiradas da Lista de Espécies Ameaçadas em 2010. Da mesma forma, o Parque Nacional Everglades (EUA), degradado por muito tempo devido à má gestão da água, foi retirado da lista em 2007 após um grande investimento em restauração. E neste ano, a UNESCO anunciou que as Florestas Tropicais de Atsinanana, em Madagascar, se recuperaram tão bem (63% da cobertura florestal perdida foi restaurada) que o sítio foi retirado da lista de espécies ameaçadas. Esses sucessos demonstram que, com esforço contínuo – ciência, políticas públicas e financiamento –, mesmo as classificações mais críticas podem ser revertidas. Este guia também detalhará essas histórias.
Em resumo, os leitores aprenderão o que é e o que não é a Lista de Patrimônios em Perigo, por que o Comitê da UNESCO adiciona ou remove sítios, as ameaças e estudos de caso para o patrimônio cultural e natural, como a governança e a legislação interagem, além de conselhos práticos para visitantes, pesquisadores e ativistas. Munidos de informações da UNESCO e relatos de quem vivenciou a situação de perto, o objetivo é esclarecer esse tema complexo para que você compreenda tanto a urgência quanto as reais perspectivas de solução.
A Lista do Patrimônio Mundial em Perigo da UNESCO é um instrumento oficial da Convenção de 1972. A UNESCO descreve seu propósito como o de informar a comunidade global “sobre as condições que ameaçam as próprias características” que conferiram a um sítio o status de patrimônio. Na prática, isso significa que o Comitê do Patrimônio Mundial declara formalmente um sítio em perigo se as ameaças documentadas atenderem a determinados critérios (detalhados abaixo). É importante ressaltar que a intenção da lista é corretiva, não punitiva – ela “incentiva ações corretivas” e abre caminho para o auxílio.
Em 2025, o próprio site da UNESCO listava 53 propriedades na Lista de Patrimônios em Perigo. (Para contextualizar, a página da Lista de Patrimônios em Perigo da Wikipédia registrava 56 entradas em abril de 2024 – as três adicionais refletem sítios incluídos antes do final de 2024 e que a UNESCO removeu posteriormente.) Esses 53 sítios variam de cidades antigas do Iêmen a parques na África. Por categoria, incluem sítios culturais, naturais e alguns mistos. É possível consultar a página oficial da UNESCO (link abaixo) para ver cada sítio, seu ano de inscrição e a data em que foi adicionado à lista de perigo.
A contagem não é fixa. Novos sítios são adicionados em reuniões anuais do Comitê, enquanto outros são removidos assim que seus problemas são resolvidos. Por exemplo, a UNESCO informou em 2025 que removeu da lista as Florestas Tropicais de Atsinanana, em Madagascar, Abu Mena, no Egito, e Ghadames, na Líbia, elogiando o forte trabalho de conservação realizado. Mesmo antes de 2025, os Everglades e o Rio Plátano, em Honduras, já haviam sido removidos em 2007. Essa fluidez explica por que artigos de notícias, sites de viagens e até mesmo a Wikipédia podem apresentar totais ligeiramente diferentes ou listas de "10 principais" distintas, dependendo da data de publicação. Sempre consulte o site mais recente do Centro do Patrimônio Mundial da UNESCO (whc.unesco.org) para obter a lista atualizada e observe que alguns artigos de turismo ainda citam dados antigos.
Em resumo, a Lista de Sítios em Perigo é, na prática, uma lista de crises para sítios já inscritos. Ela não inclui locais famosos como a Grande Barreira de Corais ou Veneza – pelo menos não formalmente. (Esses locais são frequentemente mencionados em documentos da UNESCO, mas até o momento nenhum deles foi inscrito na Lista de Sítios em Perigo.) Em vez disso, a lista tende a apresentar lugares menos conhecidos cujos problemas atendem aos critérios rigorosos descritos abaixo. A vantagem é que a inclusão na lista aciona o financiamento: como explica a UNESCO, a inscrição na Lista de Sítios em Perigo “permite assistência imediata do Fundo do Patrimônio Mundial” e sinaliza um pedido urgente de ajuda.
A página da UNESCO contabiliza atualmente 53 sítios em perigo. Se você vir um número diferente (por exemplo, 56), é porque três sítios foram removidos recentemente na sessão do Comitê de 2025. Por exemplo, sítios anteriormente em perigo na República Democrática do Congo, Uganda e Senegal foram retirados da lista nos últimos anos após medidas de conservação. Em outubro de 2025, essa contagem dinâmica era de 53. (Para evitar confusão: a Lista do Patrimônio Mundial principal tem mais de 1.000 sítios; os 53 da Lista de Perigo representam um pequeno subconjunto.)
Como países ou ONGs às vezes destacam candidatos para inclusão, pode-se encontrar datas ou prioridades diferentes, mas apenas as decisões oficiais do Comitê são realmente consideradas. Por exemplo, em 2021, Stonehenge, no Reino Unido, quase entrou para a lista devido a um túnel rodoviário proposto, mas isso foi apenas um alerta, e não uma inscrição propriamente dita. Em contraste, a Lista de Patrimônios em Perigo baseia-se em ameaças documentadas ao Valor Universal Excepcional de um sítio, conforme verificado nos relatórios de Estado de Conservação da UNESCO (veja abaixo).
O processo é regido pelas Diretrizes Operacionais da UNESCO e pelas votações do Comitê. Qualquer Estado Parte (país) pode solicitar que seu próprio sítio patrimonial seja declarado em perigo (geralmente para atrair ajuda). Da mesma forma, os órgãos consultivos da UNESCO (ICCROM, IUCN, etc.) ou mesmo ONGs interessadas podem fornecer informações que incentivem a análise. Anualmente, na reunião do Comitê do Patrimônio Mundial, são elaboradas propostas de decisão com listas de sítios a serem inscritos ou excluídos da lista. Uma proposta precisa da aprovação do Comitê.
Formalmente, um sítio é inscrito se enfrentar “perigo iminente específico e comprovado” (por exemplo, danos de guerra ou deterioração rápida) ou “perigo potencial” decorrente de ameaças conhecidas. O Comitê geralmente exige que o Estado Parte elabore um plano de ação corretiva. Se, após algum tempo, o Comitê considerar que as ameaças foram resolvidas, pode votar pela remoção do sítio da Lista de Sítios em Perigo. A remoção significa que a UNESCO acredita que os valores do sítio foram suficientemente restaurados. Até o momento, apenas alguns sítios foram retirados da lista dessa forma (veja os estudos de caso abaixo).
Como observa a UNESCO, a inclusão na lista não tem o propósito de ser uma punição. O objetivo é "mobilizar apoio internacional" para os trabalhos de conservação necessários. De fato, alguns países acolhem a inclusão na lista de Patrimônio em Perigo (tratando-a como um pedido de ajuda), enquanto outros resistem por orgulho nacional. De qualquer forma, o Comitê do Patrimônio Mundial insiste que qualquer sítio na lista deve ter um plano financiado para sua preservação – caso contrário, corre o risco de ser eventualmente excluído da Lista do Patrimônio Mundial.
A decisão de declarar um sítio “em perigo” segue critérios explícitos da UNESCO. Os parágrafos 179 a 180 das Diretrizes Operacionais da Convenção estabelecem que, para bens culturais, os perigos podem ser “específicos e comprovados” (como danos estruturais graves, deterioração ou perda de autenticidade) ou “potenciais” (como construções não autorizadas ou ameaça de conflito armado). De forma semelhante, para sítios naturais, os perigos comprovados incluem declínios populacionais catastróficos ou destruição de ecossistemas (por exemplo, inundações causadas pela construção de uma nova barragem), enquanto os perigos potenciais podem ser alterações no uso do solo ou impactos climáticos.
Fundamentalmente, o Comitê do Patrimônio Mundial deve constatar que o estado do sítio atende a pelo menos um desses critérios. Caso positivo, o Comitê obriga o Estado Parte a “desenvolver e adotar, em consulta com o Estado Parte, um programa de medidas corretivas”. Na prática, isso significa que equipes (às vezes incluindo especialistas da UNESCO) frequentemente realizam missões ao sítio. Elas elaboram um Relatório sobre o Estado de Conservação (RES), que é debatido pelo Comitê em cada sessão. Esses RES tornam-se documentos públicos no site da UNESCO. Se um Estado Parte não tomar medidas, o Comitê pode impor prazos ou mesmo sanções; inversamente, se a situação melhorar, o sítio pode ser retirado da lista.
O processo de monitoramento reativo da UNESCO está ligado a isso. Uma vez listado como Patrimônio Mundial (ou quando recém-classificado como em perigo), o Centro do Patrimônio Mundial espera atualizações anuais sobre o estado de conservação do sítio. Esses relatórios são fornecidos pelo país e podem ser complementados por dados de terceiros (ONGs ou relatórios da mídia). O Centro e os órgãos consultivos (UICN para a natureza, ICCROM para a cultura) revisam todas as informações e enviam uma avaliação ao Comitê. Quando uma sessão do comitê é convocada, os sítios em perigo ou sob monitoramento especial são discutidos em detalhes. A decisão resultante do comitê – outro documento público – normalmente elogia os sucessos, aponta as falhas e renova a classificação de perigo ou remove o sítio da lista.
Como a UNESCO não é um órgão regulador com poder coercitivo, a proteção efetiva dos sítios permanece sob a responsabilidade dos governos nacionais. O papel da UNESCO é o de facilitar: ela fornece conhecimento técnico, financiamento e visibilidade global. Por exemplo, se um conflito armado devastar um sítio, a UNESCO pode enviar uma missão de emergência, angariar fundos por meio de seu Fundo de Emergência para o Patrimônio e coordenar ONGs. Mas as leis e autoridades nacionais devem implementar medidas de preservação no terreno. Em zonas de conflito, a UNESCO procura manter-se neutra; ela pode trabalhar com autoridades provisórias ou missões de paz da ONU para salvaguardar o patrimônio durante conflitos.
É importante destacar que, como consequência processual do status de "em perigo", o sítio torna-se automaticamente elegível para apoio emergencial. O Comitê do Patrimônio Mundial "aloca assistência imediata do Fundo do Patrimônio Mundial" aos sítios assim que são inscritos. Esse fundo, financiado pelos Estados-membros da UNESCO, pode cobrir desde a estabilização emergencial até o planejamento de restauração. Desde 2015, a UNESCO também possui um Fundo de Emergência para o Patrimônio, dedicado a sítios culturais em risco devido a guerras ou desastres naturais. Por exemplo, fundos de crise ajudaram a resgatar os manuscritos de Timbuktu durante a guerra civil do Mali. Em resumo, o status de Patrimônio em Perigo é essencialmente um caminho direto para a assistência da UNESCO e de seus parceiros, desde que o país coopere.
O teste final da Lista de Sítios em Perigo é se ela estimula a ação. Ao alertar a comunidade internacional, ela pode mobilizar doadores e ONGs para um determinado local. Também dá mais voz às comunidades locais; por exemplo, moradores próximos ao templo de Koh Ker, no Camboja, defenderam a atenção da UNESCO ao destacar o estado precário do sítio. E para jornalistas e pesquisadores, a UNESCO divulga publicamente todas as decisões dos comitês e relatórios do Comitê de Supervisão e Conservação (SOC), tornando o processo transparente e passível de citação.
Uma última observação jurídica: se o valor de um sítio for totalmente perdido, a UNESCO pode removê-lo não apenas da Lista de Sítios em Perigo, mas também do Patrimônio Mundial por completo. Isso aconteceu raramente – notadamente com o Vale do Elba em Dresden, na Síria (removido da lista em 2009) e o Santuário do Órix Árabe em Omã (2007). Nesses casos, a mudança irreversível significou que “as características que determinaram sua inscrição” deixaram de existir. Mas a remoção da própria Lista de Sítios em Perigo é mais comum quando as ameaças são sanadas.
Os sítios ameaçados enfrentam uma ampla gama de perigos. Para maior clareza, os especialistas costumam agrupá-los da seguinte forma:
Cada sítio em perigo geralmente enfrenta uma combinação dos fatores acima mencionados. Para qualquer sítio específico, os relatórios de Estado de Conservação da UNESCO identificam a combinação relevante. Em uma avaliação de todos os sítios da Lista de Perigo, os principais fatores são os conflitos e as mudanças climáticas. As análises da UNESCO alertam explicitamente que a guerra deixa ruínas comuns na Síria, na Líbia e em outros lugares, enquanto os riscos relacionados ao clima agora ameaçam a maioria dos sítios em todo o mundo.
Os sítios em perigo estão distribuídos de forma desigual. Em 2024, o resumo da Lista de Perigo da Wikipédia (que acompanha de perto os dados da UNESCO) mostrava 23 sítios nos Estados Árabes, 14 na África, 7 na Europa/América do Norte, 6 na América Latina e Caribe e 6 na Ásia e Pacífico. (Nota: pode-se clicar no mapa incorporado abaixo para visualizar os países exatos.) Os sítios naturais (parques, florestas, recifes) representam cerca de 17% de todos os sítios em perigo, e o restante é cultural ou misto. Curiosamente, dos 16 sítios naturais na lista, 11 estão na África – o que reflete o fato de que muitos desses parques africanos enfrentam caça furtiva e exploração madeireira. A Europa tem relativamente poucos sítios em perigo (muitos patrimônios europeus têm forte proteção ou menos grandes áreas selvagens), mas seus sítios tendem a ser centros urbanos históricos em risco devido ao turismo ou ao desenvolvimento (por exemplo, a Torre de Londres, Lviv e Kiev atualmente, etc.).
O portal de dados da UNESCO permite a visualização de tendências ao longo do tempo. Através dele, aprendemos que a década de 1990 viu a adição de muitos sítios africanos e do Oriente Médio (frequentemente devido a conflitos), enquanto a década de 2000 trouxe mais sítios da América Latina e da Ásia (devido ao desenvolvimento ou a ameaças naturais). Desde 2010, as novas adições incluíram sítios europeus/eurasiáticos (como Viena, Ucrânia e os Alpes) e vários sítios transfronteiriços da UNESCO. A região com o maior aumento líquido nos últimos anos é a dos Estados Árabes, visto que muitos sítios sírios e iemenitas foram inscritos após guerras civis.
Um gráfico relacionado mostra que, de todos os sítios inscritos na Lista do Patrimônio Mundial (mais de 1.200 no total), uma parcela pequena, mas crescente, acaba na categoria "Em Perigo". No entanto, as reinscrições podem reduzir essa fração: a última década registrou um leve declínio líquido no número de sítios, porque alguns melhoraram mais rapidamente do que novos foram adicionados. (Os dados da UNESCO são atualizados anualmente; os usuários podem baixar a Lista de Sítios em Perigo completa da UNESCO para suas próprias análises.)
Abaixo, segue uma seleção de locais notáveis na Lista Oficial de Locais em Perigo da UNESCO, organizados por região. Cada nome contém um link para a página da UNESCO com detalhes completos. (A lista oficial completa contém 53 itens até 2025.)
Este roteiro regional destaca a diversidade: os sítios em perigo da UNESCO incluem não apenas algumas atrações turísticas, mas também reservas de vida selvagem remotas e antigas paisagens industriais. (Para uma análise completa por país, consulte a página da Lista de Perigo da UNESCO.)
Embora a apresentação da UNESCO seja administrativa, viajantes e pesquisadores frequentemente desejam um contexto narrativo. Abaixo, apresentamos breves destaques regionais para dar um toque humano a esses lugares ameaçados. Cada "roteiro" sugere a combinação de aventura e cautela necessária.
O roteiro de cada região destaca histórias humanas: guardas florestais arriscando suas vidas pela vida selvagem, moradores locais impedindo a entrada de madeireiros ilegais, arquitetos debatendo projetos de paisagens urbanas e pessoas comuns lutando para salvar casas e histórias. Essas narrativas ressaltam que a conservação do patrimônio é, em última análise, um esforço humano tanto quanto um processo burocrático.
Aleppo, Síria: Uma das cidades mais antigas do mundo, a Cidade Velha de Aleppo era um Patrimônio Mundial da UNESCO, famosa por sua cidadela, mesquitas e souks. Em 2013, toda a Cidade Velha de Aleppo foi incluída na Lista de Patrimônios em Perigo devido à destruição causada pela guerra civil. Relatórios e fotografias da ONU documentam que disparos de artilharia e ataques intencionais demoliram grandes seções do antigo mercado e das casas. O relatório SOC da UNESCO de 2023 observa que “muitos edifícios históricos foram destruídos ou severamente danificados”. Conservar Aleppo agora significa estabilizar ruínas e digitalizar registros. Equipes internacionais começaram a mapear a Cidadela destruída e a armazenar digitalizações 3D das fachadas da era islâmica. Em sua sessão de 2024, o Comitê do Patrimônio Mundial aprovou um plano para a recuperação de Aleppo, envolvendo arquitetos locais treinados em métodos tradicionais. No final de 2025, zonas de segurança limitadas permitiram que pesquisadores remontassem mosaicos e planejassem a restauração – mas a reconstrução em larga escala é limitada pelo conflito em curso. Aleppo exemplifica como os conflitos podem praticamente apagar o patrimônio da UNESCO e como a recuperação, mesmo que fragmentada, exige anos de esforço.
Grande Barreira de Corais, Austrália: Frequentemente mencionado em debates sobre a inclusão de espécies em perigo na lista de espécies ameaçadas, o Recife é um Patrimônio Mundial natural que enfrenta o branqueamento catastrófico de corais devido ao aquecimento dos oceanos. Eventos de branqueamento em massa nas últimas décadas dizimaram grandes extensões de corais. Os relatórios de Monitoramento Reativo da UNESCO (2012–2021) expressaram repetidamente “séria preocupação”, mas não chegaram a incluir o Recife na lista de espécies ameaçadas, em parte porque o governo australiano prometeu programas massivos de qualidade da água e pesquisas para a recuperação dos corais. Ainda assim, a história do Recife é instrutiva. Desde então, o governo australiano investiu em monitoramento; operadores de mergulho privados educam os visitantes sobre os cuidados com o recife; e legislação recente limita o escoamento de novos empreendimentos costeiros. Em 2022, a UNESCO observou que, embora 34% Embora muitos sítios do Patrimônio Mundial já sejam impactados pelas mudanças climáticas, locais como a Grande Barreira de Corais se enquadram em uma categoria especial. O caso da Grande Barreira de Corais demonstra como o lobby científico (por exemplo, por biólogos marinhos) pode influenciar a UNESCO: o sítio foi incluído em uma “lista de observação” que pressiona a Austrália a reduzir a poluição e as emissões de gases de efeito estufa. Operadoras de turismo agora incentivam ações climáticas: viajantes que apoiam a compensação de carbono ou fundos para a restauração da Grande Barreira de Corais podem fazer a diferença, embora a ameaça subjacente (o aquecimento global) exija uma ampla mudança nas políticas públicas.
Parque Nacional Everglades, EUA: A maior área selvagem subtropical dos Estados Unidos entrou para a Lista de Áreas em Perigo em 1993, após o furacão Andrew e décadas de drenagem terem deixado apenas cerca de 50% de seus pântanos intactos. As principais ameaças eram o desvio de água e a poluição. Agências federais e estaduais dos EUA responderam com o Plano Abrangente de Restauração dos Everglades (CERP) – um programa de 35 anos e bilhões de dólares para restaurar os fluxos naturais de água. Em 2007, a UNESCO considerou os Everglades suficientemente estabilizados e os removeu da lista. As principais ações incluíram o tamponamento de canais, a remoção de espécies invasoras e a engenharia de áreas úmidas para filtrar o escoamento agrícola. O comunicado de imprensa da UNESCO elogiou os “recursos científicos e financeiros” que os EUA investiram na recuperação do parque. Para os visitantes de hoje, esse sucesso significa que a maior parte da flora e da fauna do parque se recuperou: águias, peixes-boi e orquídeas são novamente comuns. O trabalho contínuo (monitoramento da proliferação de algas, adaptação à elevação do nível do mar) mostra que a restauração é constante. Os Everglades demonstram que, com financiamento contínuo e mudanças nas políticas públicas (leis de água limpa, alteração no uso da terra), mesmo locais naturais gravemente danificados, considerados Patrimônio Mundial, podem se recuperar o suficiente para sair do perigo.
Parques Nacionais Virunga e Kahuzi-Biega (RDC): Na África Central, conflitos e a falta de lei colocaram em risco grandes primatas e elefantes. O Parque Nacional de Virunga (lar dos gorilas-das-montanhas e parte do Vale do Rift do Congo) foi incluído na lista de áreas ameaçadas em 1994 devido à guerra e à caça ilegal. A decisão da UNESCO de 1997 observou explicitamente que o conflito causou "afluxo de refugiados, desmatamento e caça ilegal" em Virunga e parques próximos. Na prática, décadas de violência de milícias continuaram. Tanto Virunga quanto Kahuzi-Biega (próximo, um refúgio de chimpanzés) sofreram declínios drásticos na vida selvagem no início dos anos 2000. ONGs internacionais (WWF, etc.) Fundação VirungaA UNESCO finalmente interveio. Sua estratégia combinou guardas florestais armados (para repelir milícias) com programas comunitários que deram aos moradores locais participação no turismo e na agrofloresta. Relatórios repetidos da UNESCO reconhecem esses esforços: na década de 2010, a caça furtiva havia diminuído e pelo menos uma população de gorilas se estabilizou. (No entanto, ambas permanecem na Lista de Espécies Ameaçadas, já que a instabilidade mais ampla da República Democrática do Congo permanece sem solução.) Esses parques destacam os perigos de vincular biodiversidade a conflitos: hoje, só é possível "visitar" Virunga com segurança participando de trilhas para observação de gorilas rigorosamente controladas, cujas taxas financiam projetos de desenvolvimento local. Eles também mostram o papel crucial das ONGs. A equipe de Virunga recebeu atenção internacional; ao utilizar a mídia e celebridades (filmes e fotografias), eles conseguiram financiamento que nem mesmo a UNESCO conseguiria fornecer sozinha.
Paisagem Mineira de Roșia Montană, Roménia: Um caso singular de patrimônio cultural versus indústria. As minas de ouro da era romana e a vila medieval de Roșia Montană foram inscritas na Lista do Patrimônio em Perigo em 2021, unicamente devido à ameaça de retomada da mineração a céu aberto. A justificativa da UNESCO afirmava que a retomada da extração de ouro em larga escala destruiria camadas arqueológicas. O sítio é famoso por suas extensas galerias de minas e estruturas históricas de igrejas de madeira. O contexto controverso: durante anos, uma empresa de mineração internacional buscou um projeto bilionário no local, o que levou a protestos de historiadores e moradores. A inclusão na lista da UNESCO não proibiu a mineração legalmente (a empresa posteriormente processou a Romênia com base em um tratado de investimento), mas exerceu pressão global. Quando o projeto da mina foi interrompido, a UNESCO preparou um plano corretivo. Hoje, as autoridades romenas estão trabalhando com especialistas em patrimônio para mapear e conservar o sítio. As técnicas incluem mapeamento 3D detalhado dos túneis e digitalização de inscrições antigas antes de qualquer escavação. A história de Roșia Montană mostra como a proteção do patrimônio pode entrar em conflito com interesses econômicos. O sucesso neste caso depende de resoluções legais e diplomáticas que vão além da UNESCO. Dito isso, o simples fato de estar na lista deu aos ativistas locais uma voz mais forte internacionalmente, e a UNESCO está fornecendo ajuda para a estabilização de antigos poços de minas.
Uma vez que um sítio é classificado como em perigo, a UNESCO e seus parceiros internacionais buscam reverter a situação. Os principais mecanismos incluem financiamento, assistência técnica e planos formais.
Primeiramente, como já mencionado, a inscrição desbloqueia financiamento emergencial. O Fundo do Patrimônio Mundial (WHF) é o fundo geral da UNESCO para o patrimônio. Quando um sítio é adicionado à Lista do Patrimônio em Perigo, o Comitê normalmente destina verbas do WHF imediatamente. Por exemplo, após adicionar Timbuktu (Mali) à lista em 2012, a UNESCO concedeu fundos emergenciais para reforçar as paredes da mesquita contra o desabamento. Além do WHF, existe o Fundo de Emergência para o Patrimônio (Criado em 2015) especificamente para crises em zonas de conflito ou desastre. Essas doações conjuntas financiam o transporte aéreo de artefatos, a contratação de guardas de emergência ou de especialistas em conservação. Em conflitos recentes (Iraque, Síria, Ucrânia), a UNESCO acionou esse fundo para proteger os acervos de museus e fornecer análises de imagens de satélite sobre os danos.
Em segundo lugar, o Comitê geralmente exige que o Estado Parte elabore um Plano de Conservação Corretivo ou Emergencial. Esse plano, às vezes chamado de “Fase II”, conforme as Diretrizes Operacionais, deve detalhar ações mensuráveis para lidar com cada ameaça. O plano frequentemente envolve compromissos de cronograma, alterações legislativas ou projetos de infraestrutura. Por exemplo, após a inclusão do Lago Ohrid (Macedônia do Norte/Albânia) na lista, a decisão da UNESCO de 2024 insistiu na construção de novas estações de tratamento de esgoto e em leis de zoneamento mais rigorosas. Para Roșia Montană, o relatório da UNESCO de 2023 inclui recomendações para o inventário de vestígios arqueológicos e a suspensão de novas licenças de mineração.
A UNESCO também alavanca suas parcerias. Na África, coordenou com o Fundo Africano do Patrimônio Mundial e os escritórios de campo da UNESCO para treinar guarda-parques e advogados em direito do patrimônio. Na Ásia, trabalhou com ICOMOS (o órgão consultivo cultural) e universidades locais para estudar opções de conservação (por exemplo, a reconstrução de templos desmoronados em Bamiyan, no Afeganistão). Às vezes, financia projetos-piloto: um exemplo é um programa apoiado pela UNESCO que instalou câmeras remotas nas florestas de Atsinanana, em Madagascar, permitindo uma resposta rápida à extração ilegal de madeira. Após anos desse trabalho, as florestas de Madagascar melhoraram drasticamente, levando à retirada do local da lista de patrimônios.
Fundamentalmente, qualquer remoção da Lista de Espécies em Perigo é considerada uma história de sucesso. A UNESCO destaca com orgulho esses casos. Exemplos recentes:
– Madagascar – As florestas tropicais de Atsinanana foram removidas em 2025. A UNESCO relatou que 63% das áreas anteriormente desmatadas se regeneraram sob nova gestão, e a caça furtiva de lêmures atingiu o nível mais baixo em 10 anos.
– Egito – Abu Mena (antigo local de peregrinação do cristianismo) foi retirado da lista de patrimônios em 2025, após bombas de água subterrânea baixarem o lençol freático, evitando colapsos estruturais.
– Libia – A cidade velha de Ghadames foi retirada da lista em 2025, após a restauração de edifícios e infraestrutura por parceiros locais.
– República Democrática do Congo – Na sessão de 2023, Garamba, Okapi e outros sítios da RDC foram removidos da lista após o recuo das milícias e a melhoria da gestão dos parques.
– EUA/Honduras – Como já foi mencionado, os Everglades e o Rio Plátano foram retirados da lista de áreas protegidas em 2007, após uma recuperação massiva do ecossistema.
Essas remoções compartilham características comuns: uma combinação de financiamento (de orçamentos estaduais ou doações internacionais), capacitação local, aplicação da lei e engajamento comunitário. É importante ressaltar que a maioria conta com um forte componente de monitoramento: os comitês insistiram na verificação periódica da eficácia das soluções. A citação de Azoulay, de 2025, resume a questão: retirar sítios em perigo é um “esforço especial”, mas um esforço que a UNESCO está disposta a fazer. “Em busca de… África” e em outros lugares, com resultados tangíveis.
Por fim, os mandatos da UNESCO vão além da Lista de Sítios em Perigo. Mesmo para sítios arqueológicos. não Nesse sentido, o Monitoramento Reativo e os relatórios periódicos da UNESCO mantêm a pressão sobre os governos. Por exemplo, Veneza e Machu Picchu nunca foram inscritas como patrimônios em perigo, mas a UNESCO abriu processos para revisar os limites do turismo, emitindo alertas que são seguidos por ajustes nas políticas locais. Da mesma forma, se um jornalista ou pesquisador descobre uma ameaça emergente – digamos, notícias de extração ilegal de madeira em um sítio arqueológico em fase de avaliação – ele pode alertar o Centro do Patrimônio Mundial da UNESCO. Embora a UNESCO não possa impor leis nacionais, ela pode emitir comunicados à imprensa ou declarações de preocupação que pressionam as autoridades a agir, como no caso do alerta para o Lago Ohrid em 2024.
A ciência e a tecnologia modernas são poderosas aliadas para os locais ameaçados. Duas categorias predominam:
Outras tecnologias: rastreadores GPS com certificação UNDRR em elefantes ameaçados de extinção no Parque Nacional de Garamba, sensores acústicos para detectar extração ilegal de madeira à noite e até modelos de IA que preveem zonas de risco de inundação em castelos medievais. Esses esforços demonstram como a pesquisa interdisciplinar (que combina ecologia, engenharia e ciência da computação) tornou-se parte integrante do trabalho de preservação do patrimônio. A UNESCO estabelece parcerias regulares com entidades científicas (como a IUCN ou laboratórios nacionais de patrimônio) para traduzir inovações em planos de ação locais.
A inclusão na lista do Patrimônio Mundial é fundamentalmente um mecanismo internacional voluntário. A UNESCO não pode prender madeireiros nem processar planejadores – ela opera por meio de obrigações de tratados e pressão de pares. O destino de cada sítio está atrelado às leis e à política de seu respectivo país.
Internacionalmente, a Convenção de 1972 não é um tribunal, portanto a UNESCO só pode fazer recomendações. Mas, uma vez que um sítio é incluído na Lista do Patrimônio em Perigo, os governos frequentemente enfrentam pressões diplomáticas: devem apresentar relatórios anuais à UNESCO e prestar contas ao Comitê Global. A negligência na proteção pode afetar a reputação de um país, levando à perda de acesso ao Fundo do Patrimônio Mundial e à perda de apoio. Na prática, os Ministérios do Patrimônio ou da Cultura nacionais implementam as diretrizes da UNESCO por meio de leis locais. Por exemplo, muitos parques africanos na Lista do Patrimônio em Perigo também são protegidos por leis nacionais de conservação e recebem financiamento de entidades como o Banco Mundial ou ONGs — o papel da UNESCO é de coordenação e defesa.
As disputas territoriais complicam ainda mais a situação. Alguns sítios patrimoniais situam-se em regiões contestadas. Por exemplo, a Igreja da Natividade, em Belém, foi inscrita pela UNESCO sob o nome do “Estado da Palestina”, reconhecido pela Rússia e por alguns outros países, mas não pelos aliados de Israel. A própria tradição da UNESCO é evitar tomar partido, mas as resoluções da ONU exigem que ela inscreva os sítios conforme a escolha da parte requerente. A recente inscrição de sítios na Ucrânia sob o nome da Ucrânia, apesar da ocupação russa, seguiu as regras da Convenção, segundo as quais o Estado Parte é quem inscreve o sítio. Por outro lado, Israel suspendeu a cooperação com a UNESCO quando Jerusalém foi inscrita sob a proposta da Palestina (uma disputa política fora da alçada da UNESCO).
A principal conclusão é que o sucesso muitas vezes exige reforma legal. Muitas decisões da Lista de Patrimônios em Perigo terminam instando os governos a aprovarem leis de patrimônio mais rigorosas ou a aplicarem regulamentações ambientais. As decisões do Comitê da UNESCO (que citamos acima) frequentemente contêm frases como "o Estado Parte deve..." – estas têm peso moral, mas não garantem sua aplicação. ONGs e a sociedade civil podem, por vezes, suprir essa lacuna: por exemplo, na Hungria, ativistas locais entraram com uma ação judicial para proteger o Parque Nacional de Hortobágy (um Patrimônio Mundial ameaçado pelo desvio de água), citando obrigações tanto da UE quanto da UNESCO.
Os viajantes podem ser aliados do patrimônio em perigo – mas apenas se tomarem cuidado. Aqui estão algumas orientações: – Pesquisas futuras: Verifique o status atual de um local no site da UNESCO ou em fontes de notícias confiáveis. Alguns locais da Lista de Perigo são zonas de conflito ativo ou possuem alertas de viagem (por exemplo, Síria, Líbia, partes da República Democrática do Congo). Segurança em primeiro lugar: se um país alerta contra viagens, não viaje. Utilize os guias oficiais: Ao visitar um local tombado, opte sempre por guias locais certificados e operadores turísticos licenciados. Isso garante que suas taxas (e quaisquer doações) sejam destinadas a fundos de preservação ou comunidades locais. Pergunte se parte do valor do seu ingresso contribui para a manutenção do local ou para as comunidades locais. Minimizar o impacto: Siga os princípios de "não deixar vestígios". Permaneça nas trilhas demarcadas, não remova nenhum artefato ou item natural e evite tocar em paredes frágeis ou corais. Se o uso de drones ou a fotografia forem regulamentados em um local, siga as regras rigorosamente. A superlotação costuma ser um problema, portanto, viaje fora da alta temporada sempre que possível. Apoie as economias locais: Comprar artesanato ou serviços de moradores locais ligados a um patrimônio histórico pode gerar empregos que desencorajam saques ou o corte ilegal de árvores. Por exemplo, comunidades ao redor de Virunga agora administram hospedagens para observação de gorilas e mercados de artesanato que financiam diretamente a proteção do parque. Compartilhe a história: Viajantes conscientes e éticos costumam compartilhar suas experiências nas redes sociais. Publicar sobre práticas responsáveis (como evitar o uso de plástico em uma reserva da biosfera da UNESCO) pode incentivar outras pessoas. Além disso, contar histórias aumenta a conscientização: um ensaio fotográfico sobre um templo restaurado ou a limpeza de um parque pode mostrar ao mundo que esses lugares são importantes.
Em resumo, viajar para locais do Patrimônio Mundial ameaçados pode ser transformador e educativo – desde que seja feito com respeito e uma mentalidade de retribuição. Ninguém deve tentar entrar sem autorização em um local danificado pela guerra, e alguns lugares (como partes do Iêmen ou do Mali) podem não ser visitáveis. Mas muitos outros recebem visitantes que desejam aprender: por exemplo, você pode participar de visitas guiadas a projetos de restauração dos Everglades ou de limpezas de rios no Lago Ohrid. Ao ser um turista responsável – pesquisando as necessidades do local, escolhendo operadores conscienciosos e talvez até mesmo fazendo uma doação para uma organização de conservação no local – você ajuda a tornar a proteção do patrimônio parte da experiência de viagem.
O que é a Lista do Patrimônio Mundial em Perigo da UNESCO? Trata-se de um subconjunto de sítios do Patrimônio Mundial sinalizados pela UNESCO como estando sob sérias ameaças ao seu Valor Universal Excepcional. Seu objetivo é “mobilizar a comunidade internacional” para ajudar esses sites.
Quantos sites estão na Lista de Perigo atualmente (e por que as fontes divergem)? No final de 2025, a UNESCO listava 53 sítios em perigo. Outras fontes podem mencionar 56, pois 3 sítios foram removidos recentemente, o que lembra que a lista muda com o tempo.
Como a UNESCO decide adicionar um local à Lista de Sítios em Perigo? O Comitê do Patrimônio Mundial analisa as evidências (de Estados, especialistas, relatórios) e as compara com os critérios da Convenção (ameaças graves iminentes ou potenciais). Se o Comitê considerar as ameaças justificadas, vota pela inscrição do sítio como em perigo, geralmente exigindo que o país apresente um plano de ação corretiva.
Quais são as principais ameaças que colocam os locais em perigo? Esses fatores incluem conflitos armados e danos causados por guerras, mudanças climáticas (inundações, secas, branqueamento de corais), turismo excessivo, desenvolvimento urbano, projetos de mineração e infraestrutura, poluição, caça ilegal, espécies invasoras e negligência. Muitos locais enfrentam uma combinação desses problemas.
Quais sítios do Patrimônio Mundial estão atualmente em perigo? A lista oficial completa (53 sítios) está disponível no site da UNESCO. Inclui, por exemplo, Aleppo e Palmira, na Síria; a Cidade Velha de Sana'a, no Iémen; os parques de Virunga e Garamba, na República Democrática do Congo; o Vale de Bamiyan, no Afeganistão; e paisagens culturais como Roșia Montană (Roménia). (Um resumo por região encontra-se acima.)
É possível remover sites da Lista de Perigo? Como? Sim. Se a UNESCO constatar que os valores do sítio foram restaurados ou as ameaças mitigadas, pode votar pela sua remoção. Por exemplo, as remoções dos sítios de Madagáscar, Egito e Líbia em 2025 ocorreram após a conclusão de projetos corretivos. O Comité elabora um plano formal para cada remoção, que muitas vezes exige monitorização após a retirada da lista.
Quais locais foram adicionados ou removidos recentemente da Lista de Perigo? Adicionados recentemente: em 2023, sítios ucranianos (Santa Sofia em Kiev, Lviv e Odessa) foram incluídos na lista devido a danos causados pela guerra. Removidos: em 2025, as Florestas Tropicais de Madagascar, Abu Mena no Egito e Ghadames na Líbia foram retirados da lista após esforços de restauração. (Nos últimos anos, vários parques africanos também foram removidos.)
Por que Veneza, a Grande Barreira de Corais e Machu Picchu são mencionadas, mas não constam na Lista de Áreas em Perigo? Esses locais mundialmente famosos enfrentam ameaças, mas a UNESCO avaliou (até o momento) que as medidas prometidas ou as proteções existentes resolvem o problema. Por exemplo, a UNESCO adiou a inclusão da Grande Barreira de Corais na lista de patrimônios em perigo depois que a Austrália prometeu reformas. Em Veneza, a gestão do turismo tem sido debatida, mas o local permanece na lista principal, sendo monitorado por meio de relatórios periódicos. Em resumo, o simples fato de estar em risco, em teoria, não aciona automaticamente a inclusão na Lista de Patrimônios em Perigo – a UNESCO exige evidências claras de perda de valor ou falha das medidas de proteção.
Qual é o papel da UNESCO em comparação com o dos governos nacionais e das ONGs? Os governos nacionais têm a responsabilidade final pela proteção do seu património, de acordo com a legislação interna. A UNESCO fornece a estrutura, a especialização técnica e os mecanismos de financiamento (por exemplo, o Fundo do Património Mundial, fundos de emergência). As ONG e a UICN/ICOMOS contribuem frequentemente com investigação, conhecimentos de conservação e gestão de projetos no terreno. Idealmente, os três cooperam: os governos implementam os planos, a UNESCO presta consultoria e canaliza a ajuda, e as ONG mobilizam a ciência e o envolvimento da comunidade.
De que forma os conflitos (guerras) danificam os sítios patrimoniais e o que acontece após um conflito? Conflitos armados podem causar destruição imediata (bombardeio de edifícios, incêndios criminosos) e danos indiretos (saque de artefatos, perda de manutenção). Após o fim dos conflitos, a UNESCO pode enviar missões para avaliar os danos (como fez na Síria) e ajudar no planejamento da reconstrução. O local pode ser incluído na Lista de Patrimônio em Perigo durante e após as hostilidades, como na Síria e na Ucrânia, para atrair fundos para a estabilização. A reconstrução – se a segurança permitir – prossegue com ajuda internacional. (Um exemplo recente são os planos da UNESCO para reconstruir a biblioteca nacional da Ucrânia em Kiev, danificada pela guerra.)
De que forma as alterações climáticas ameaçam os locais do Património Mundial? Através da elevação do nível do mar (inundando ruínas costeiras), tempestades mais intensas (furacões arrancando telhados de igrejas antigas), mudanças de temperatura (branqueamento de corais em recifes), alterações nos padrões de chuva (secas em florestas) e muito mais. Os relatórios da UNESCO de 2022 enfatizaram que os impactos climáticos “já afetam negativamente 34% de todos os sites”As projeções mostram um risco crescente para atóis e geleiras. Locais como Veneza enfrentam a elevação do nível do mar, e as Ilhas Galápagos enfrentam águas mais quentes. Os comitês da UNESCO solicitam cada vez mais planos de resiliência climática para locais em risco.
Como o excesso de turismo afeta os sítios do Patrimônio Mundial? O excesso de visitantes pode erodir estruturas frágeis, aumentar a poluição e distorcer as economias locais. O resultado pode ser trilhas estreitas ou restrições (como ingressos com horário marcado em Chichen Itza, no México). Embora a UNESCO não fiscalize o turismo diretamente, exige que os países gerenciem o impacto dos visitantes no patrimônio. Os viajantes têm um dever ético: devemos evitar as armadilhas do “turismo de massa” e respeitar as normas (por exemplo, não pisar em ruínas frágeis). O turismo responsável também pode gerar receita para a manutenção, mas deve ser cuidadosamente gerenciado.
De que forma o desenvolvimento urbano e o mercado imobiliário ameaçam os sítios arqueológicos? A especulação imobiliária pode invadir zonas de proteção do patrimônio histórico. Projetos de arranha-céus (em Viena, Kyoto, etc.) podem prejudicar vistas históricas. Mesmo em áreas naturais, construções próximas podem desviar água ou animais selvagens. A UNESCO busca avaliar grandes projetos perto de áreas de patrimônio: os estados devem notificar o Comitê sobre qualquer empreendimento que possa afetar o Valor Universal Excepcional (VUE). O ativismo local também é importante: em diversos países, comunidades têm obtido sucesso em ações judiciais para impedir empreendimentos prejudiciais em zonas protegidas.
Um local pode perder completamente o seu estatuto de Património Mundial? Sim. Se o Valor Universal Excepcional (VUE) de um sítio for irremediavelmente perdido, o Comitê pode retirá-lo tanto da Lista de Sítios em Perigo quanto da Lista do Patrimônio Mundial. Isso aconteceu com o Vale do Elba em Dresden (Alemanha) em 2009, após a construção de muitas barragens, e com o Santuário do Órix-da-Arábia em Omã, em 2007. A retirada da Lista de Sítios em Perigo é rara e vista como último recurso. Normalmente, a Lista de Sítios em Perigo serve como um alerta precoce para evitar perdas permanentes.
Como os viajantes podem visitar locais do Patrimônio Mundial ameaçados de forma ética (o que fazer e o que não fazer)? Faça a sua pesquisa – aprenda as regras do local e as questões de conservação. Contrate guias locais e respeite todas as placas de sinalização (por exemplo, é proibido escalar ou tocar em estruturas). Permaneça nas trilhas oficiais para evitar pisotear a vegetação ou artefatos. Minimize o lixo (leve seu lixo embora) e apoie a economia local (coma comidas típicas, contrate artesãos locais) em vez de recorrer a grandes redes de turismo. Não compre artefatos saqueados ou marfim. Em zonas de conflito, siga as recomendações oficiais – visitar o local sem autorização costuma ser ilegal ou perigoso. Nas redes sociais, compartilhe informações em vez de selfies; destaque as necessidades de conservação. Essencialmente, trate os sítios da UNESCO como você trataria seu próprio patrimônio: com grande respeito e causando o mínimo impacto possível.
Como as pessoas podem doar ou apoiar os esforços de conservação? O site do Patrimônio Mundial da UNESCO lista diversas maneiras de contribuir, incluindo doações para o Fundo do Patrimônio Mundial ou assinatura de petições para financiamento emergencial. Muitas ONGs de patrimônio aceitam doações dedutíveis de impostos para projetos específicos. Por exemplo, a campanha “Salve Virunga” arrecada fundos para os guardas do parque, enquanto o Fundo Mundial de Monumentos apoia a restauração em vários sítios do Patrimônio Mundial. A UNESCO mantém informações de contato para a comissão da UNESCO de cada Estado Parte e para as autoridades de gestão dos sítios – entrar em contato diretamente para perguntar como ajudar costuma ser eficaz. Incentivamos doações para organizações de conservação estabelecidas (IUCN, Global Heritage Fund, fundações locais) em vez de páginas não verificadas do tipo “Salve (X)” de origem duvidosa.
Quais métodos de restauração são usados para salvar o patrimônio danificado? Isso varia de caso para caso. Os métodos comuns incluem: estabilização (por exemplo, escorar uma parede que está desmoronando), reconstrução (reconstruir um arco em ruínas usando materiais originais, mas apenas se a documentação o permitir), e arquivamento digital (Digitalização 3D para que um modelo exato sobreviva mesmo que o objeto real não sobreviva). As equipes de conservação também realizam remediação ambientalPara áreas naturais, isso pode significar a reintrodução de espécies nativas ou a remoção de poluentes; para áreas urbanas, pode significar a instalação de sistemas de drenagem ou o controle de plantas invasoras. Em casos extremos, fragmentos do patrimônio são removidos para museus (por exemplo, afrescos delicados às vezes são destacados e armazenados) para evitar a perda total. A preservação geralmente depende de uma combinação de engenharia de ponta e artesanato ancestral (como a reconstrução de um telhado de madeira medieval usando técnicas tradicionais de carpintaria).
Que proteções legais existem para os sítios do Patrimônio Mundial? A Convenção do Patrimônio Mundial em si não é vinculativa, mas a maioria dos países a ratificou e a incorporou à legislação nacional. Por exemplo, os Estados frequentemente promulgam leis de proteção do patrimônio que tornam ilegal a alteração de um sítio do Patrimônio Mundial sem aprovação. Internacionalmente, a designação de Patrimônio Mundial pode gerar pressão diplomática: os países signatários da Convenção são obrigados a relatar a conservação dos sítios. Além disso, alguns sítios do Patrimônio Mundial são protegidos por outros tratados (por exemplo, a Convenção sobre Zonas Úmidas e a CITES para a vida selvagem). Em áreas disputadas (por exemplo, os sítios culturais da Crimeia, os mosaicos de Gaza), a UNESCO busca manter-se neutra e continuar protegendo o patrimônio. por si só, apesar das disputas políticas.
Como a UNESCO monitora os sítios arqueológicos? Por meio do processo de “estado de conservação” (EC) e do monitoramento reativo, os Estados Partes são solicitados, a cada poucos anos, a apresentar relatórios de EC sobre sítios específicos, podendo ser enviadas missões de assessoria, se necessário. A UNESCO publica todos os relatórios de EC em seu sítio eletrônico. Os relatórios podem ser iniciados pelo Estado Parte, pelos escritórios de campo da UNESCO ou por ONGs que alertem a UNESCO sobre um problema. Os sítios na Lista de Perigo são monitorados em todas as sessões do Comitê. Além disso, a UNESCO publica resumos anuais do patrimônio em risco por categoria (por exemplo, conflito, clima).
Quais são os sítios naturais e culturais mais ameaçados (exemplos)? Natural: Virunga (RDC) – o parque nacional mais antigo do mundo, ameaçado por grupos armados e petróleo; Everglades (EUA) – vastas zonas húmidas em recuperação após drenagem; Patrimônio da Floresta Tropical de Sumatra (Indonésia) – listado para exploração madeireira e incêndios. Cultural: Cidade Velha de Jerusalém (Estado da Palestina) – riscos decorrentes de construções não regulamentadas; Centro histórico de Viena – risco proveniente dos arranha-céus modernos; Vale de Bamiyan (Afeganistão) – local de Budas destruídos, agora ameaçado pela instabilidade; Chan Chan (Peru) – Cidade frágil de adobe ameaçada por terremotos e erosão.
Quão confiáveis são as listas de terceiros/listas de viagens em comparação com a lista da UNESCO? Artigos de viagem de terceiros (como os da AFAR ou da Atlas & Boots) geralmente são bem-intencionados, mas podem estar desatualizados ou serem seletivos. Por exemplo, algumas listas incluem erroneamente Veneza ou a Grande Barreira de Corais. Elas são úteis para conhecimento geral, mas não devem ser consideradas definitivas. A lista oficial da UNESCO é a única fonte confiável. A lista da Wikipédia costuma ser uma referência rápida (cita a UNESCO e notícias), mas pode estar desatualizada em relação às atualizações oficiais. Sempre verifique qualquer lista no site da UNESCO.
De que forma a mineração, as barragens e as indústrias extrativas ameaçam os sítios arqueológicos? Podem destruir habitats ou subsumir paisagens. Vimos Roșia Montană acima. Da mesma forma, a região das cachoeiras de Kintampo, em Gana, já esteve ameaçada por um projeto de barragem de concreto (que acabou sendo adiado devido a preocupações com o patrimônio). Na Ásia Central, propostas para desviar rios colocaram em risco antigos oásis e assentamentos da Rota da Seda. A UNESCO geralmente exige Avaliações de Impacto Ambiental para qualquer projeto desse tipo perto de sítios do Patrimônio Mundial. Se uma avaliação constatar danos, o Comitê do Patrimônio Mundial pode incluir o sítio na lista de áreas em perigo como forma de alerta.
Qual o impacto econômico de ser incluído na Lista de Perigo? É uma situação complexa. A cobertura negativa da mídia em torno do status de "em perigo" pode desencorajar o turismo, pelo menos temporariamente – por exemplo, os visitantes podem evitar locais devastados pela guerra. Os governos às vezes temem as consequências econômicas da inclusão na lista. Por outro lado, a inclusão na lista pode desbloquear fundos extras para a gestão do turismo. Para locais administrados por comunidades locais, podem surgir auxílios e subsídios que não chegariam de outra forma. No geral, embora o status possa carregar um estigma, a UNESCO enfatiza que não se trata de uma condenação, mas sim de uma oportunidade de apoio. Em muitos casos, o turismo ecológico na verdade aumenta após projetos de recuperação melhorarem o local.
O que são histórias de sucesso — locais que se recuperaram? Além das já mencionadas (Galápagos, Everglades, Atsinanana, Rio Plátano), outros sucessos incluem Rio Platano (Honduras, retirada da lista em 2007) e Reserva de Vida Selvagem Okapi (RDC, que viu a atividade guerrilheira diminuir e foi retirada da lista por volta de 2023). A cidade espanhola de Cádiz O bairro histórico foi retirado da lista de áreas em perigo em 2019, após a restauração de casas antigas. Lições aprendidas com casos de sucesso: governança local forte (por exemplo, novas leis de patrimônio), grandes investimentos em proteção e monitoramento internacional para garantir que as melhorias sejam duradouras.
Como as comunidades locais podem ser fortalecidas? Muitas vezes, a conservação mais eficaz envolve as comunidades locais. A UNESCO enfatiza cada vez mais a gestão comunitária. Por exemplo, projetos financiados pela UNESCO treinaram batedores Maasai na Tanzânia para proteger Oldonyo Lesatima (uma paisagem sagrada) do avanço da vegetação rasteira. No Peru, xamãs indígenas administram o turismo no sítio arqueológico de Chavín de Huántar, o que lhes confere a responsabilidade pelo seu destino. Estudos de caso mostram que, quando os moradores se beneficiam do patrimônio cultural (por meio de empregos ou subsídios), eles o defendem. A UNESCO possui programas para envolver as escolas na educação patrimonial, tornando a cultura um motivo de orgulho para a comunidade.
Quais dados e visualizações melhor demonstram a concentração de sítios ameaçados? O mapa acima é um exemplo. A UNESCO também disponibiliza gráficos interativos em seu site (por exemplo, detalhamento por tipo de ameaça, ano de inclusão na lista). Pesquisadores criaram painéis (usando a API da UNESCO) que mostram tendências temporais ou índices de vulnerabilidade. De modo geral, uma combinação de mapas (por país) e gráficos de barras (por categoria de ameaça) é a mais esclarecedora. Incluímos referências à análise global da UNESCO e à estatística de 73% de risco hídrico como exemplos.
Como a UNESCO define “Valor Universal Excepcional” (VUE)? O Valor Universal Excepcional (VUE) é o conceito central da UNESCO: significa que um sítio possui uma importância tão excepcional que transcende as fronteiras nacionais e tem relevância comum para as gerações presentes e futuras. As Diretrizes Operacionais da Convenção de 1972 estabelecem dez critérios para o VUE (culturais i–vi, naturais vii–x). Um sítio é considerado Patrimônio Mundial se atender a pelo menos um desses critérios. É importante ressaltar que um sítio deve “atender às condições de integridade e/ou autenticidade e possuir um sistema adequado de proteção e gestão” para ser considerado VUE. (Portanto, se as ameaças comprometerem a integridade, o próprio VUE estará em perigo.)
Como os jornalistas podem solicitar dados da UNESCO ou denunciar ameaças? Todos os dados do Patrimônio Mundial (inscrições, decisões dos comitês, relatórios SOC) são públicos e estão disponíveis em whc.unesco.org. Jornalistas podem baixar os relatórios SOC (em PDF) e as decisões anteriores dos comitês. Para relatar novas ameaças, a UNESCO disponibiliza um endereço de e-mail para contato na página de cada sítio ou no formulário SOC. Normalmente, jornalistas enviam suas propostas de pauta citando a própria Lista de Sítios em Perigo da UNESCO como fonte. (Por exemplo, a reportagem da Reuters sobre o Lago Ohrid citou o relatório da UNESCO de 2024.) Para solicitações de dados não publicados, entre em contato com a assessoria de imprensa do Centro do Patrimônio Mundial da UNESCO ou com o secretariado em Paris, utilizando um pedido formal de acesso à informação.
Qual é a história da Lista de Perigo? A Lista foi criada em 1978 (nove anos após a Convenção) e o primeiro sítio inscrito foi a Kasbah de Argel. Inicialmente, continha apenas algumas entradas (danos vulcânicos, guerras, etc.), mas com o tempo expandiu-se e passou a ser criticada por ser demasiado política. A iniciativa “Novas Visões”, na 40ª reunião do Comité, em 2016, analisou-a com um novo olhar, o que levou à atual ênfase nos resultados positivos. Ao longo das décadas, cerca de 55 propriedades já fizeram parte da lista (com algumas, como as Ilhas Galápagos, a entrarem e saírem). Uma evolução notável é a crescente atenção dada ao clima: só na década de 2010 o Comité começou a registar sistematicamente as alterações climáticas nas decisões sobre o Estatuto de Conservação dos sítios naturais.
Como os governos podem preparar melhores candidaturas para evitar colocar em risco os sítios arqueológicos? Antes de um sítio ser inscrito na Lista do Patrimônio Mundial, os órgãos consultivos da UNESCO (UICN/ICOMOS) examinam minuciosamente a candidatura. Se uma proposta apresentar ameaças conhecidas (como rodovias planejadas) que não sejam abordadas, o Comitê pode atrasar a inscrição. Os governos podem evitar isso realizando avaliações de impacto rigorosas e elaborando planos de gestão com antecedência. Para os sítios já inscritos, a chave é uma gestão robusta: zonas de amortecimento, proteções legais locais, controles de turismo sustentável. A UNESCO publica diretrizes sobre as melhores práticas; muitos países estão contratando coordenadores do Patrimônio Mundial para integrar o Valor Universal Excepcional (VUE) ao planejamento nacional. Em resumo, a previsão e o planejamento podem, muitas vezes, evitar que um sítio entre no radar de perigo.
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